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Dia do paleontólogo

 Teve lugar, nesta sexta-feira, dia 7 de março às 9 h, no auditório “Roxinho” do Centro Cultural Horácio Macedo, localizado no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), o evento comemorativo ao Dia do Paleontólogo 2008 que também celebrou os 50 anos da Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP). A conferência teve por principal objetivo traçar uma retrospectiva da SBP, além de lançar o livro Icnologia, coletânea de textos sobre os vestígios da atividade orgânica de diferentes substratos.
     
A mesa foi presidida por Maria Antonieta Rodrigues, coordenadora da Área de Geociências da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro e consultora da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Dentre os demais integrantes da mesa, estiveram presentes: Maria Eugênia Marquezini Santos, sócia fundadora da SBP; Herbert Conceição, presidente da Sociedade Brasileira de Geologia; Rômulo Machado, ex-presidente da SBG; Oscar Strohschoen, representante da Petrobras; professor Sérgio Alex, diretor do Museu Nacional; professora Célia Senra, representante da UniRio; Cláudia Ribeiro, representante do Núcleo de Paleontologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e o anfitrião Emílio Barroso, professor adjunto da UFRJ.

Após a abertura da conferência pelo anfitrião, Herbert Conceição falou da importância da cooperação entre sociedades para o desenvolvimento da pesquisa científica e nomeou o evento de “fruto desta cooperação”. Salientou também os benefícios do patrocínio da Petrobras à Revista Brasileira de Geociências, de periodicidade trimestral, que torna possível a edição de livros na área, sendo Icnologia o 4° lançamento.
   
O professor Sérgio Alex, constatou que o público do Museu Nacional tem um interesse cada vez maior pela paleontologia e Célia Senra completou o raciocínio “…para paleontologia, vejo força e novas perspectivas na sociedade e na área de pesquisa.”

Maria Eugênia foi destaque no evento, traçou em seu discurso uma detalhada linha histórica dos fatos mais relevantes para a paleontologia no Brasil. Iniciou com a criação do Museu Nacional por Dom João VI sem esquecer datas como a inauguração da cadeira de Paleontologia na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da antiga Universidade do Brasil, no início da década de 1940. Quanto aos rumos da paleontologia no Brasil, disse “ Pequenos centros estão começando a se desenvolver e é uma forma de disseminar a cultura e a ciência. Hoje a paleontologia já tem uma maior amplitude de atuação e serviço, está muito firme tanto isoladamente quanto como ciência de apoio à geologia.”
 
Ao final da comemoração, foi homenageado o professor Andrade Ramos por seu longo e brilhante trabalho na área de geologia. Andrade foi diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), onde trabalhou dois anos em Paleontologia e 15 anos em Mapeamento Geológico, além de ter sido presidente eleito da Fundação José Bonifácio (FUJB) da UFRJ, entre os anos de 1984 e 1988, e ex-catedrático de Geologia da UFRJ (Escola Politécnica e Escola Nacional de Geologia).