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Instituto de Economia recebe os calouros de 2008

 Para abrir a Semana de Calouros, Instituto de Economia (IE) da UFRJ realizou nessa segunda-feira, 3 de março, a palestra de Recepção aos Calouros do primeiro semestre de 2008. Para cumprimentar os novos estudantes do Palácio Universitário e apresentar a história e a visão do instituto compareceram à mesa João Sabóia, diretor geral do IE, e Marcelo Paixão, diretor de graduação da Economia.  

Após parabenizar os calouros por optarem pela UFRJ, João Sabóia lembrou que a “Era do patriarcalismo” terminou. Segundo ele, os recém chegados, que em sua maioria concluíram o Ensino Médio em escolas particulares, passarão por uma experiência bem diferente na instituição federal que escolheram como universidade.

O diretor geral destacou que o IE possui certa auto-sustentabilidade, devido à imensa procura de órgãos públicos e privados pela sua habilidade em distintas esferas: “Acabamos tendo recursos próprios, porque vendemos serviço aos demais”, contou o palestrante.

João Sabóia aproveitou para expor algumas vantagens em ser estudante do IE. Além de o corpo discente poder usufruir de bolsas de monitoria, desde que se destaquem na disciplina, e bolsas de iniciação científica já no segundo período da faculdade, também há uma forte demanda no mercado de estágio, a partir do quinto período.

De acordo com Marcelo Paixão, a diretoria do instituto preza o ritual de apresentação do IE na Semana de Calouros, por considerar que seja extremamente importante que se crie um espírito familiar entre seus membros. Para ele, não há uma hierarquia efetiva no IE, o contato entre corpos discente, docente e diretoria passa a ser direto. Marcelo lembrou que além da responsabilidade que o estudante de economia terá em garantir boas notas e passar com louvor entre os períodos, também é responsabilidade do IE formar cidadãos.

O curso de Ciências Econômicas da UFRJ, segundo Paixão, é o mais antigo do Rio de Janeiro, sendo certificado em 1945. O curso atual de economia possui cinco áreas mestras: Economia política, História, Macroeconomia, Microeconomia e Métodos quantitativos.

Importante salientar, de acordo com o palestrante, que a economia possui tensões intrínsecas aos campos do conhecimento, pois se aplica a situações de interpretações variadas. Portanto, para Marcelo Paixão, o economista deve ter uma formação complexa que o gabarite para encarar grandes debates: “A bagagem Cultural conta muito para um estudante de economia”, destacou.

Paixão também declarou que da mesma forma que o aluno será cobrado, ele deve exigir do professor. Para o palestrante, a qualidade de ensino é um direito conquistado e comum a todos. Devido a isso, o IE tentará re-implantar o sistema de avaliação periódica de professores, que fora abandonado a algum tempo. Para tal, o instituto espera que haja indivíduos representativos, com espírito de liderança, capazes de mediar o diálogo com a diretoria e prezar pelo desejo comum: “Jamais será um bom profissional aquele que não tiver criatividade”, professou Marcelo Paixão.

Os futuros economistas estão decididos

Dentre os participante da palestra, a caloura Karine Belarmino (18), investiu em uma pesquisa minuciosa para escolher a faculdade de economia da UFRJ. Ela contou que, apesar de não saber ao certo qual carreira seguir, sabia bem o que a agradava estudar: “Investiguei as disciplinas ministradas em diversas universidades. A UFRJ foi a que mais me agradou, devido ao seu apelo social”, declarou.

Já Felipe Andrade (20), cursava Engenharia até perceber que não estava satisfeito: “Escolhi economia porque senti que exigia mais de mim como pensador. Engenharia era muito menos complexo, não era o que eu queria”, contou. Ao ser questionado quanto ao critério de seleção da universidade, Felipe não hesitou: “É a melhor”.