Foto: Marco Fernandes |
Finalistas da UFRJ recebem prêmio Santander de Ciência e Inovação. |
Com três entre os oito finalistas regionais do Prêmio Santander de Ciência e Inovação, a UFRJ brilhou durante a elegante cerimônia de homenagem aos escolhidos, realizada nesta quarta à noite (31/10), no auditório do prédio da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Todos os pesquisadores da universidade ainda receberam Menção Honrosa pelos seus trabalhos, são eles: o professor de Engenharia Elétrica, Richard Magdalena Stephan; a professora de Biotecnologia, Leda dos Reis Castilho e a doutora em Ciências Biológicas, Patrícia Valente da Silva. Durante a entrega da premiação, o magnífico reitor Aloísio Teixeira foi representado pelo professor Maurício Guedes, diretor-executivo do Parque Tecnológico do Rio (Coppe/UFRJ). Os premiados aguardam agora a etapa final da competição, em Brasília, dia 29 de novembro. Os vencedores receberão R$ 50 mil para viabilizarem a implantação dos seus projetos.
Na categoria Indústria, o projeto MagLeve Cobra, de Richard Stephan, que prevê a criação de um trem de levitação magnética, através da tecnologia de supercondutores. O veículo transitaria em velocidade média de 70 km/h, flutuando próximo ao chão e sem provocar o ruído que resulta do contato entre rodas e trilhos, barulho típico dos trens tradicionais. Segundo Stephan, a iniciativa com impacto social, custaria 30% do valor de construção do metrô, permitindo a ampliação das malhas de transporte público e o acesso à população. Ele ainda avisa que está buscando apoio financeiro de R$ 4,7 milhões junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) para a primeira experiência em escala real do trem. “Já temos o apoio da Prefeitura do Campus e da Decania do Centro de Tecnologia (CT) para implantarmos os primeiros 114 metros de trilhos numa área do CT. A idéia é já usarmos esta primeira estrutura para ampliá-la até o Hospital Clementino Fraga Filho”.
Os trabalhos da UFRJ foram escolhidos entre 344 projetos da chamada Região Verde, que envolve os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, interior do São Paulo e toda a região Nordeste. Outra finalista, Patricia Valente da Silva classificou-se, na categoria Biotecnologia, pela pesquisa para desenvolvimento de um novo agente antifúngico capaz de inibir a proliferação de fungos patogênico, responsáveis por micoses e tipos de meningite.
Outra finalista na categoria Biotecnologia, a professora Leda dos Reis, coordenadora do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares da UFRJ, concorre com o projeto Expressão, Produção e Purificação de Biofármacos. “A pesquisa visa ampliar a produção de biofármacos no Brasil, um tema pouco explorado pelos pesquisadores e que custa R$ 1,5 bilhão aos cofres nacionais por ano com importação”, explicou Leda, lembrando que o desenvolvimento de uma tecnologia nacional pode resultar em economia de verbas públicas e no maior acesso de fármacos modernos à população para combater doenças como hemofilia, câncer e AIDS.