Leila Pinheiro encerrou em grande estilo a programação musical de 2007 do Centro Cultural Professor Horácio Macedo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, neste dia 13. O repertório – que incluiu canções como “O sinal dos tempos”, “Andréa Dórea” e “Casa de bamba” – foi dedicado exclusivamente à UFRJ.
“Fiz um repertório especial para tocar aqui. Não dá para cada show ser totalmente novo; digamos que a base é o que eu já venho fazendo nos meus shows solo, mas eu resolvi fazer coisas que nunca faço para apresentar”, explica a cantora, que justifica sua decisão: “O público universitário é muito sincero: se gosta, gosta; se não gosta, a gente percebe logo. Isso foi uma forma de testar as canções, e eu acho que todas foram muito bem recebidas”.
Além do repertório, o piano foi outra atração do show. “Gostei muito de vê-la tocando. Sempre ouvia cantando com orquestra ou banda”, declara Márcia Cardoso, funcionária do Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ (NCE), com quem está de acordo Bernardo Felzenzwalb, professor do Instituto de Matemática (IM/UFRJ): “Gosto quando ela não coloca cordas, porque ela não precisa; sua voz já é um instrumento”.
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As músicas calmas agradaram a platéia no Auditório do Roxinho. Adultos e jovens cantaram junto e aplaudiram de pé a artista, o que surpreendeu a decana do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, Ângela Rocha: “Quando soube que a Leila viria, eu disse para a organizadora do evento que ela faria sucesso apenas entre a nossa geração”.
Apesar de não conhecer Leila Pinheiro, Aline Pimenta, designer de moda, de 24 anos, resolveu conferir o show e não se arrependeu: “Foi legal e descontraído. Ela escolheu um repertório interessante, com letras que se encaixam no cotidiano do público jovem, com canções de esperança, alegria e luta pela satisfação em se realizar e viver bem”.