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Combustíveis são pauta da XXIX JIC

Os combustíveis foram pauta de diversas palestras ocorridas na XXIX Jornada Giulio Massarini de Iniciação Científica Artística e Cultural da UFRJ. Alunos expuseram painéis e realizaram apresentações orais sobre diversos temas. Uma das palestras sobre o assunto foi a Impactos Derivados da Criação de um Mercado Flexível de Gás Natural no Brasil, apresentada pelo aluno de Engenharia de Produção do 6º período Sérgio Marcelo Kosower, que discutiu a criação de um mercado flexível para o consumo de gás natural. 

A criação desse mercado foi atribuída ao fato de existir uma cláusula financeira entre a Petrobras e as distribuidoras do gás, as usinas térmicas. Nesse contrato, essas usinas são obrigadas a consumir o correspondente a no mínimo 70% de sua capacidade anual de geração, mesmo que não haja utilização desse gás. O grande problema é que, com isso há uma subutilização do investimento realizado em infra-estrutura, já que em alguns casos a hidrelétrica da conta de, sozinha, suprir as necessidades energéticas.

Nesse caso, o gás adquirido pelas termoelétricas fica inutilizado. Entra, então, o papel do mercado flexível de consumo de gás, que seria o responsável por absorver essa parcela restante do combustível. No entanto, como a demanda de gás das termoelétricas é variável, dependendo da geração de energia efetuada pelas hidrelétricas, em alguns casos ela pode não ter gás para oferecer a esse mercado flexível, obrigando-os a recorrer a recursos alternativos o que implica em gastos.

Dessa forma o consumo de gás natural será interessante para esses consumidores se o nível de interrupção desse fornecimento não for extenso, se o perfil de risco não for alto e se o preço do combustível em questão for mais atrativo do que dos demais.

Uma outra palestra sobre o tema foi a da aluna do 10º período de Engenharia Química Paula Geandra C. Aragão de Carvalho: Análise do Ciclo de Vida da Gasolina Usando SIMAPRO, também ocorrida na manhã de ontem. Nela a aluna afirmou ter se direcionado ao estudo das bacias de petróleo, verificando os danos ambientais provocados na exploração desse combustível fóssil. Seu trabalho contou ainda com a proposta do uso da ferramenta SIMAPRO para o desenvolvimento da forma  mais adequada para a exploração do combustível fóssil no caso de cada bacia.