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Google e a Sociedade de Controle

 Fernanda Glória Bruno, doutora em Comunicação pela UFRJ, focada na área de Tecnologias de comunicação e cognição, orientou os estudantes Leonardo Nabuco Villa Forte e Arthur Lobo Costa Mattos, do 9º período de Psicologia, na realização da pesquisa “Um estudo sobre a concepção de poder em Foucault: a questão do controle nas novas tecnologias de informação e de comunicação”, apresentada durante a XXIX Jornada de Iniciação Científica.

Segundo Leonardo, o objetivo desse trabalho é “analisar a crise das instituições, caracterizadas por condições de confinamento, como hospitais, prisões e escolas, observando como ela criou uma nova forma de condicionamento social, chamada, por Gilles Deleuze, de ‘sociedade de controle’”, afirma Villa Forte.

Um dos materiais de base para o trabalho foi, segundo Arthur, uma pesquisa realizada anteriormente pelos estudantes, no qual era discutida a vigilância que o Google (provedor de internet que presta serviços de e-mail, site de relacionamentos, ferramentas de pesquisa, entre outros) exerce sobre seus usuários. “A apresentação atual, entretanto, assume a visão de que o advento da Internet e as novas formas de comunicação através da web, sobretudo de ferramentas de busca como a oferecida pelo Google, ao fornecer caminhos para informações úteis, de alguma maneira elas regulam as movimentações na internet, controlando o usuário”, conta Mattos.

Arthur explica que quando o usuário opta por um dos links fornecidos pela ferramenta de busca, o site inclui essa informação sobre a preferência do indivíduo que procura sobre aquele assunto, num banco de dados, moldando um perfil e estabelecendo uma cartografia dos caminhos escolhidos pelo usuário. “a partir desse estudo comparativo, é possível estabelecer uma maior análise a respeito das diferentes formas de agir relacionadas a este novo exercício do poder proporcionado por dispositivos como sites de relacionamento, sobretudo o Orkut, blogs e sites de busca, que integram as tecnologias de comunicação e informação contemporâneas”, finaliza Arthur Mattos.

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