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Memória

Faculdade de Medicina tem três novos professores titulares

  Fotos: Fábio Portugal
 

Mesa de honra da sessão solene
da Congregação da Faculdade de
Medicina para incorporar novos
professores titulares.

A Faculdade de Medicina (FM) tem três novos professores titulares. Vera Lúcia de Castro Halfoun, José Egídio de Oliveira e José Carlos Oliveira foram incorporados à Congregação da FM, em sessão solene, no Fórum de Ciência e Cultura, na última quarta-feira (26).A vice-reitora, Sylvia Vargas, representou o reitor Aloísio Teixeira que estava em reunião sobre o Plano de Reestruturação de Expansão da UFRJ no Fundão. Ela; o decano do Centro de Ciências da Saúde (CCS), Almir Fraga Valladares; e diretor da FM,  Antonio José Ledo, entregaram a medalha de Honra da Faculdade de Medicina aos novos titulares.

 

 Vera Lúcia, primeira mulher a
dirigir a FM, foi incorporada à
Congregação da FM.

O professor José Ângelo de Souza Papi saudou os professores José Egídio e Vera Lúcia. “Sei quase de cor a trajetória acadêmica e profissional dos dois”, iniciou Papi o seu discurso, contando que ambos pertenceram a mesma clínica médica que ele, quando os três puderam conviver com Clementino Fraga Filho, professor que nomeia o Hospital Universitário da UFRJ (HU). Papi falou da importância dos novos titulares para Faculdade de Medicina.  Vera Lúcia foi a primeira mulher a dirigir a FM, em 1990, vindo mais tarde a se tornar decana do CCS. José Egídio atua na interface do HU com a secretaria da Saúde. “Ambos possuem os pré-requisitos para ingressar na congregação. Agora eles têm uma missão: a humanização da medicina diante dos avanços tecnológicos”, completou o professor.

 

José Egídio de Oliveira, recebeu
da vice-reitora, Sylvia Vargas a
medalha de honra da Congregação
da FM, tornando-se proessor titular.

Tanto José Egídio, como Vera, agradeceram a participação de Papi, i ntroduzindo-os na condição de titulares. A professora lembrou sua trajetória profissional, quando procurou sempre seguir o conceito de saúde como um direito inerente à população. Vera Lúcia agradeceu a algumas pessoas que, para ela, são parte da conquista da titularidade, como Márcia Curvelo Araújo. “Márcia me fez perceber a importância da ideologia como norteadora de minha carreira”, disse. José Egídio também falou de sua história, desde os tempos em que militava no movimento estudantil e, por isso, era impossibilitado de exercer cargos públicos, até a experiência como presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes quando teve a oportunidade de realizar um grande congresso de diabetes no Brasil.

 
José Carlos, orgulhoso por viver em uma
universidade democrática, também se tornou professor titular da FM.

Outro incorporado à Congregação, José Carlos de Oliveira, foi saudado pelo professor Nelson Spector. Nelson contou como um acidente que deixou José Carlos fazendo uso de cadeira de rodas aos 25 anos, estimulou o novo titular da FM optar pela anatomia patológica e o tornou exemplo de determinação, ao conquistar títulos paraolímpicos e nacionais em basquete e tênis em cadeira de rodas. Para José Carlos, nada foi em vão em sua vida. Desde jovem, já sonhava em seguir carreira acadêmica. Hoje, o professor orgulha de viver em uma universidade democrática, onde é possível escolher os representantes. “Depois de longa caminhada, quis o destino que meu sonho de guri se realizasse. Como titular defenderei a democratização universitária”, disse José Carlos, que já viveu tempos em que a universidade não tinha autonomia. “Minha história nesta casa carrega o compromisso com a graduação”, encerrou.

O decano do CCS, Almir Fraga Valladares, lembrou que, no próximo ano, a Faculdade de Medicina completa 200 anos. “A FM teve marcas muito significativas, ao longo de sua história, como sua invasão pelos militares, em setembro de 1966. Muitos nomes construíram esses 200 anos. Incorporar esses três professores à Congregação da FM é engrandecer a história e trazer esperanças de outros produtivos 200 anos”, homenageou o decano.