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Documentários produzidos pela UFRJ serão transmitidos pela RioTV

Nesta sexta feira, dia 21 de setembro, vai ao ar o primeiro documentário da série UFRJ.doc. A série será transmitida pela RioTv Câmara, canal legislativo (12) da tv a cabo, toda sexta-feira à meia noite e reprisada aos sábados às 9 da manhã. A série UFRJ.doc apresenta uma sequência de onze documentários, que abordam diferentes temas, como Trabalho Infantil, História, Ecologia, Literatura, entre tantos outros.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro produz, por ano, mais de 100 vídeos, entre documentários, ficções, vídeos didáticos, vídeo-arte e institucionais. Para difundir melhor toda essa produção, a Universidade iniciou um processo interno de articulação entre os seus diferentes núcleos de produção audiovisual, que vão desde a própria Escola de Comunicação da UFRJ até unidades como o Museu Nacional ou a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares.

O primeiro filme a ser exibido será MASSACRE DA PRAIA VERMELHA. O documentário faz um relato sobre a invasão da Faculdade Nacional de Medicina, em 23 de setembro de 1966, pelas tropas federais em plena ditadura militar. A exibição acontece junto ao aniversário de 41 anos do fato.

Na sequência o público vai pode assistir a mais 10 documentários: NA BARCAÇA DO TEMPO; MENINOS DA ROÇA; CONVERSAS DE CRIANÇAS; MENINAS E MULHERES; CALIFÓRNIA À BRASILEIRA; GUARIBA 1984; A MEMÓRIA EM NOSSAS MÃOS, LIMA BARRETO e ARQUIPÉLAGO DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO.

Para ter maiores informações confira a sinopse dos filmes:

MASSACRE DA PRAIA VERMELHA
Ano: 2006; duração: 24 min.

O documentário "Massacre da Praia Vermelha" faz um relato sobre a invasão da Faculdade Nacional de Medicina, em 23 de setembro de 1966, pelas tropas federais. Mais de 200 estudantes se concentraram no prédio da faculdade para uma assembléia, onde seria discutida a Lei Suplicy de Lacerda ( Lei nº 4.464 / 66), que cobrava uma taxa dos estudantes, dando  início a uma possível privatização das universidades públicas pelo governo militar.

Na Barcaça do Tempo
Ano: 2006; duração: 22 min.

O documentário conta como era a vida dos moradores antigos da Ilha Grande na época do presídio, dos bailes, dos blocos de carnaval, da plantação na lavoura. Percorrendo as vilas de Abraão, Dois Rios e a praia de Parnoica os personagens lembram o que era viver nesta ilha setenta anos atrás. O que permanece, o que muda, o que se eterniza e o que se perde no tempo.

Meninos da Roça
Ano: 1994; duração: 19 min.

Na periferia da cidade de Campos -RJ, empreiteiros ou “gatos” arregimentam para o trabalho a maior parte dos 40.000 empregados na safra da cana de açúcar. Deste contingente participam os meninos da roça. O vídeo retrata suas vidas no trabalho na cana e o fim da jornada quando abandonam seus facões, tiram suas roupas impregnadas da sujeira da cana queimada e brincam de ser criança.

Conversas de Crianças
Ano: 1998; 22 min.

Através de histórias contadas por crianças e adolescentes o vídeo apresenta o cotidiano nos acampamentos e assentamentos organizados pelo MST na região Sudeste. Imagens e falas tecem suas relações com o trabalho, com a escola, com as brincadeiras, com a diversão. Mas, em suas conversas, estas crianças não falam só de seu próprio universo. Oferecem também uma via para o resgate de importantes aspectos da vida de suas famílias, construindo um rico mosaico de percursos sociais que bem caracterizam a vida daqueles que lutam pela terra no Brasil.

Meninas e Mulheres
Ano: 1999; duração: 21 min.

Este vídeo registra a trajetória e o cotidiano de vida de adolescentes que vivem na periferia da cidade de Campinas, S. P.. Um olhar desarmado, uma tentativa de resgatar o dia a dia de famílias que se reproduzem fora dos padrões idealizados pela sociedade, que enfrentam situações de desemprego, de falta de moradia. São famílias que se reproduzem em estreita convivência com as drogas, com a gravidez precoce, com as prisões. São retratos de meninas que se tornam mulheres e mães aos 12 anos de idade. No contar estas histórias aparecem os gestos, os sonhos, os afeto, os carinhos e a esperança sinalizando que a vida pode ser transformada.

Califórnia à Brasileira
Ano: 1991; duração: 24 min.

Em 1990, a região de Ribeirão Preto foi apresentada no Brasil como “Califórnia Brasileira”. Na “nossa Califórnia” a agroindústria da cana de açúcar é uma das principais atividades econômicas. O vídeo “Califórnia à Brasileira” o CEDI apresenta uma outra versão da mesma realidade regional. Não se trata de questionar indicadores econômicos. Em frente da câmera os cortadores de cana descrevem suas condições de vida; evidenciam a nova realidade com a introdução das máquinas que substituem os homens no corte da cana, registram a repressão policial na greve de Guariba. “Califórnia à Brasileira” é um convite a reflexão sobre as práticas sindicais dos trabalhadores rurais diante da modernização tecnológica e das novas estratégias patronais de contratação, gestão e controle da força de trabalho. É também um convite para enfrentar uma discussão mais geral: Que é o “moderno” e que é o “atrasado” no Brasil hoje.

Guariba 1984
Ano: 2002; duração 11 min.

O fio condutor do roteiro é a exibição de imagens dos dias da greve de 84 na inauguração da sub sede do sindicato dos Empregados Rurais, no bairro de João de Barro, em agosto de 2001. Realizado no mesmo bairro em que se destacou a violência policial em 1984, este vídeo documentário registra a preocupação dos sindicalistas de resgatar a história e incorporar a memória do passado nas lutas do presente.

A Memória em Nossas Mãos
Ano: 2002; duração 16 min.

Tornando vivas as lembranças da “Greve de Guariba” , os personagens deste vídeo documentário falam sobre o presente. Na mais rica região do país, homens e mulheres descrevem, com riqueza de detalhes, as precárias condições de vida e de trabalho. Dezessete anos após a greve de Guariba, revisitam sua história, avaliam os ganhos da greve de 84, as perdas impostas pelas mudanças tecnológicas e pelas novas formas de gestão do trabalho agrícola e constroem alternativas.

Lima Barreto

Lima Barreto, negro e de origem humilde, é considerado um dos primeiros escritores do romance social brasileiro, sendo autor de obras como Triste fim de Policarpo Quaresma, Clara dos Anjos, Recordações do Escrivão Isaías Caminha, entre outras. O mote do documentário é um busto do escritor na praça Calcutá, Freguesia/ Ilha do Governador (bairro em que ele morou e publicou suas primeiras letras). Esse monumento, que homenageia Lima Barreto — como outros patrimônios da cidade em estado de abandono — continua sem placa de identificação, apesar dos esforços de intelectuais e pesquisadores em preservar a memória do escritor e reconhecer sua importância.

Arquipélago São Pedro e São Paulo
18min
2004

O vídeo, vencedor do prêmio de melhor curta-metragem documentário do Festival de Cine e Vídeo Científico do Mercosul – Cinecien 2006 mostra um pouco da beleza pouco conhecida do Arquipélago São Pedro e São Paulo.