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Alterações no projeto de expansão do CCS

 A equipe do “Fronteiras do diagnóstico e das terapias das doenças prevalecentes no século XXI”, responsável pela ampliação do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFRJ, expôs, no último dia 5 de setembro, as mudanças do projeto. Em maquete eletrônica, estudantes da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) apontaram as modificações na área de convivência, no auditório e na proteção solar para fachada do novo prédio. Os avanços no planejamento do aproveitamento da água pluvial e no levantamento topográfico do terreno – apresentados pelos alunos de engenharia – concluíram a reunião.

A composição arquitetônica, coordenada por Guilherme Lassance, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e Patrícia Figueira Lassance, professora da Escola de Belas Artes (EBA), iniciou a apresentação. A principal vantagem na nova organização, segundo Rodrigo Nunes, um dos responsáveis pela concepção do prédio, é a melhor utilização dos espaços de convívio e do auditório. A área de convivência foi deslocada para o primeiro pavimento com o objetivo de ampliar o espaço de auditório e valorizar o convívio, agora colocado em uma elevação. Destacou-se a preocupação em estabelecer uma conexão entre os prédios já construídos e os novos.

As rampas tornaram-se mais simples e confortáveis obedecendo à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e dão acesso ao segundo pavimento onde passou a localizar-se o auditório. Este ganhou um novo formato: o de anfiteatro, capaz de comportar um público de 150 pessoas, número reivindicado pelos professores do CCS. Estuturas elétrica, rede de dados e de voz sofreram mudanças de localização e de dimensão para atender às normas de incêndio e de acessibilidade.

Outra alteração foi no planejamento do telhado. Essa estrutura ganhou uma inclinação mais suave combinando estética com a demanda de captação da água da chuva, a ser aproveitada. “Essa água será utilizada nas descargas de sanitários e com isso haverá a redução de aproximadamente 50% no gasto de água normal” afirma o aluno Jonas Brito, do departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente responsável pelo aproveitamento da água de chuva. Somando-se a isso, haverá a reutilização da água dos destiladores. Com essa proposta, o consumo diário, estimado em 45 mil litros, será reduzido para 12 mil litros por dia.

A novidade ficou para a fachada. A meta é construir uma estrutura metálica aramada coberta por plantas protegendo as janelas. O usuário poderá optar por uma vegetação mais ou menos densa, não prejudicando a vista externa. A finalidade é ela reduzir a incidência solar no interior da edificação (ocorrida durante boa parte do dia) formando também uma sombra na calçada para os transeuntes. Além de diminuir o gasto de energia elétrica, a utilização de vegetação proporciona um conforto visual e térmico. A aplicação desta idéia é inovadora no país.

Já em fase conclusiva encontra-se a composição paisagística. Seguindo as normas de que para cada árvore derrubada, cinco outras sejam plantadas, o replantio chegaria a 150 árvores.

No momento, está sendo realizada uma sondagem da percussão do terreno onde será realizada a obra. Esse procedimento, a cargo de uma empresa contratada, é capaz de amostrar o subsolo a fim de conhecer seu tipo e sua resistência à perfuração.

Para finalizar a reunião uma apresentação do modo de levantamento topográfico, realizado pelos alunos da Engenharia de Transportes orientados por Virgílio Noronha, professor.