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Debate do PRE/UFRJ no CT

Neste encontro, Aloísio Teixeira divulgou a retirada do Anexo II do anteprojeto do PRE, mas corroborou proposta de concentração de cursos na Ilha do Fundão.


  Debate sobre o PRE no CT
O Centro de Tecnologia (CT) recebeu a equipe da reitoria, na tarde desta terça-feira (11), para a discussão do Programa de Reestruturação e Expansão da UFRJ (PRE/UFRJ). Reunidos no Salão Nobre do CT, membros da administração central da universidade e profissionais vinculados à Decania discutiram, por cerca de 3 horas, as diretrizes traçadas no documento.

Na reunião, o reitor Aloísio Teixeira anunciou que o anexo II (páginas 35, 36, 37, 38 e 39) será, momentaneamente, retirado do projeto. O anexo em questão discrimina as intervenções estruturais previstas nos campi do Fundão e da Praia Vermelha. De acordo com o reitor, a presença deste anexo estava prejudicando a discussão, que deve se centrar no segundo módulo do Plano de Reestruturação, no qual estão descritas as metas da universidade para o Ensino, para a Pesquisa e para a Extensão.

A alteração não afeta, no entanto, a reorganização espacial dos cursos da UFRJ. Aloísio Teixeira confirmou a intenção de transferir as unidades alocadas na Praia Vermelha e no Centro da cidade para a Ilha do Fundão. O reitor, apoiado por Ericksson Almendra, diretor da Escola Politécnica (Poli), enfatizou ser esta uma ação imprescindível para facilitar a integração e a interdisciplinaridade entre as atividades da universidade.

Ivana Bentes, diretora da Escola de Comunicação (ECO) que questiona a proposta de mudança dos cursos, esteve presente ao debate. A professora reiterou o apoio da ECO ao PRE/UFRJ, mas sublinhou a importância da permanência das unidades no campus da Praia Vermelha. Segundo Ivana, o contato com o corredor cultural existente na zona sul complementa a formação dos estudantes.

Aloísio Teixeira reconheceu o esforço da professora ao participar da reunião no CT, mas insistiu no projeto essencialmente acadêmico em que consiste a concentração de cursos no Fundão: “Vir para o Fundão é uma questão central e este ato tem uma importância acadêmica enorme. Eu peço que cada um se pergunte o que teria sido da Faculdade de Medicina se ela tivesse permanecido na Praia Vermelha. Seria um atraso. A vinda para o Fundão, mesmo com todas as limitações que existem na UFRJ, permitiu a essa escola uma carga de ensino científico muito maior. Troco todas as propostas do projeto pela transferência das unidades para o Fundão, porque tenho certeza de que ela muda a universidade”, destacou.

Ciclo básico, bacharelados interdisciplinares e cursos de terminalidade breve

O ciclo básico recentemente implantado na Poli também foi pauta de discussão no encontro desta terça-feira. José Miguel Saldanha, professor do Departamento de Engenharia Industrial e 1º vice-presidente regional do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), criticou o novo processo seletivo para definir as habilitações, ressaltando a competição entre os estudantes gerada por esse mecanismo.

José Miguel, em sintonia com alguns docentes do CT, problematizou também as propostas de implantação dos bacharelados gerais divididos por grandes áreas de conhecimento e dos cursos de terminalidade breve, com duração máxima de três anos.  Para o professor, essas alternativas comprometem a universalização do acesso à universidade ao aligeirar as atividades de ensino.

Nem todos os presentes compartilharam da opinião de José Miguel. Ericksson Almendra salientou que os bacharelados e os cursos de terminalidade breve se converteriam, em última análise, em um aumento de produtividade para o país: “Eu posso dobrar o número de alunos que tenho hoje, formar a mesma quantidade de engenheiros que formo atualmente e, embora com menos qualidade, formar também mais pessoas com Ensino Superior. Quanto maior a escolaridade de uma população, maior é a produtividade e, conseqüentemente, maiores os ganhos para o país”, afirmou.

O próximo debate do PRE/UFRJ acontecerá no Salão Nobre do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), às 13h30min do dia 12 de setembro.

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