O Centro de Filosofia e Ciências Humanas iniciou o debate com representantes da Reitoria sobre o Plano de Reestruturação e Expansão da UFRJ. A transferência de cursos para a Cidade Universitária, a expansão da oferta de vagas e flexibilização curricular permitindo aos estudantes transitar por diversas áreas de conhecimento são pontos polemizados.

 

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CFCH debate Plano de Reestruturação da UFRJ

O Centro de Filosofia e Ciências Humanas iniciou o debate com representantes da Reitoria sobre o Plano de Reestruturação e Expansão da UFRJ. A transferência de cursos para a Cidade Universitária, a expansão da oferta de vagas e flexibilização curricular permitindo aos estudantes transitar por diversas áreas de conhecimento são pontos polemizados.

 

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Foto: Adufrj 
 
 O reitor Aloísio Teixeira 
 confirmou o interesse em
 concentrar atividades
 no Fundão.

  Veja o vídeo sobre esta reunião

Teve início, nesta quinta-feira (6), o ciclo de debates do Programa de Reestruturação e Expansão da UFRJ (PRE) nos Conselhos de Centro da universidade. A primeira decania a receber a equipe da administração central foi o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH). Por cerca de quatro horas, os estudantes, funcionários e professores que lotaram a sala Anísio Teixeira, na Faculdade de Educação, discutiram as diretrizes traçadas no documento.

Polêmico, o PRE/UFRJ divide opiniões. A proposta de unificar a UFRJ em um campus único, o que implicaria o deslocamento dos cursos lotados na Urca e no Centro da cidade do Rio de Janeiro para a Ilha do Fundão, foi o principal foco de críticas e comentários na reunião.

As unidades do campus da Praia Vermelha, que reúne cursos como o de Psicologia, Comunicação Social, Economia e Serviço Social, por exemplo, questionaram a eficácia da reorganização espacial como mecanismo de combate à fragmentação das atividades universitárias e de promoção da transdisciplinaridade. Os representantes dos institutos afirmaram, em contrapartida, o interesse de concentrar no campus da zona sul os cursos da área de Ciências Humanas.

Jessy Jane, diretora do Instituto de Filosofia e Ciência Sociais (IFCS), localizado no Largo de São Francisco, manifestou apoio ao projeto de reestruturação redigido pela reitoria da UFRJ, mas fez exigências: “Queremos desenhar o futuro espaço do IFCS juntamente com a Reitoria e também desejamos interferir no futuro do nosso atual prédio, já que esse local vem sendo construído por pessoas que estão ali há mais de quarenta anos”, sublinhou.

Para o reitor, entre os argumentos que sustentam a transferência para o Fundão está a necessidade de um campus único que facilite aos estudantes de Graduação transitar com maior flexibilidade entre as disciplinas dos diversos cursos, redimensionando a interação dos conhecimentos acadêmicos. “É o caso de a Escola de Serviço Social poder dar aula para alunos da Engenharia, a fim de que os futuros engenheiros disponham de uma consciência crítica mais apurada sobre a sociedade brasileira”.

Outra possibilidade citada pelo reitor seria a possibilidade de alunos da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC) freqüentarem aulas de História da Arte, na Escola de Belas Artes (EBA). Aloísio destaca ainda que isso permitiria a configuração de uma “cidade da cultura” no Fundão: “A cultura não são os aparelhos culturais da zona sul, os cinemas, os teatros. Isso é cultura da elite. A cultura verdadeira está na Mangueira, na Penha, na Maré, na Vila Residencial da Ilha Universitária. E é lá que nós temos que ir”, aponta.

Foto: Adufrj 
 

 Alunos, professores e funcionários
 lotaram a Sala Anísio Teixeira (FE)
 para debater o PRE/UFRJ.

Para muitos dos que se manifestaram na plenária, a questão central do debate não é a reorganização espacial, e sim mudanças estruturais que garantam a expansão de número de vagas, a preservação da natureza pública da universidade e a manutenção da qualidade do ensino.

Várias críticas sustentaram uma inconsistência no financiamento definido pelo Reuni. Roberto Leher, professor da Faculdade de Educação, por exemplo, destacou que os recursos previstos no decreto não são suficientes para a realização de mudanças substantivas nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Leher acrescentou que tais transformações não podem ser forjadas apenas pela comunidade interna da UFRJ, mas devem contar com a participação de outros segmentos da sociedade.

Ana Maria Ribeiro, uma das coordenadoras do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj), ressaltou a importância de órgãos colegiados para o fortalecimento da discussão. “Trata-se de criar uma metodologia para os debates, por exemplo, com a eleição de pessoas dedicadas a repensarem a universidade e com fóruns adequados para a tomada de decisão”, opina.

Favoráveis à universalização do acesso e à expansão das políticas de assistência estudantil, os estudantes presentes no encontro defenderam, em sua maioria, a não-adesão da universidade ao Reuni e insistiram na ampliação dos prazos de debates sobre o PRE/UFRJ.

O reitor foi categórico quanto à necessidade de adesão da UFRJ ao Reuni. Apesar de criticar a generalização da meta que define como ideal a proporção de um professor para 18 alunos, por ela trazer prejuízos às instituições intensivas em pesquisa, e o limitado volume de recursos destinado à expansão da universidade, Aloísio alerta que, como reitor, não pode desprezar essa verba pública.

Carlos Wainer, representante dos professores titulares do CCJE, partilha da opinião de Aloísio Teixeira de que é preciso elaborar um projeto próprio da UFRJ que lhe permita disputar verbas do edital do Reuni sem perder de vista a importante tarefa de construir uma nova universidade, que dialogue melhor com os interesses de transformação da sociedade.

Ao fim da reunião, o reitor anunciou que, dentro do calendário de debates do PRE, estão previstos seminários com reitores de outras IFES, que também passam pelo processo de elaboração de propostas de expansão. “Queremos um processo de discussão que permita a construção da universidade. Não estou aqui para vencer nada. Tudo na UFRJ tem sido discutido. Não só porque gosto de debate, mas porque sei que não há nada que possa ser feito sem consenso”, afirmou.

A próxima reunião de Conselho de Centro que receberá a equipe da reitoria para o debate do PRE será realizada na terça-feira, dia 11 de setembro, às 13h30 min, no auditório do Centro de Tecnologia (CT).

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