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Memória

Dado Villa-Lobos faz show na UFRJ

O Centro Cultural Professor Horácio Macedo recebeu, nessa sexta-feira (24), o músico Dado Villa-Lobos em um show aberto à comunidade acadêmica.

 O Centro Cultural Professor Horácio Macedo recebeu, nessa sexta-feira (24), o músico Dado Villa-Lobos em um show aberto à comunidade acadêmica. Com seu primeiro trabalho solo, intitulado “Jardim de Cactus”, o músico – consagrado como guitarrista da banda Legião Urbana – mostrou talento, animou muitos fãs e encantou os presentes. O evento encerrou com maestria a programação cultural comemorativa do primeiro aniversário do Centro Cultural, localizado no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CCMN/UFRJ).

Momentos antes do show, estudantes, funcionários e docentes da UFRJ já se aglomeravam na entrada do auditório Roxinho, ansiosos para o início do evento. Durante o espetáculo, Dado mesclou a apresentação de músicas novas, de seu álbum solo, com clássicos da sua época de Legião Urbana – como “Perfeição” e “Geração Coca-Cola” – para o delírio dos presentes: todos cantaram e vibraram juntos do início ao fim do show.

O músico brincou com o público, dizendo estar surpreso por ter sido convidado para um show na UFRJ, uma vez que, apesar de ter ingressado na Universidade de Brasília (UNB) aos 18 anos, “fugiu da escola” para trilhar o caminho da música. “Ainda bem!”, respondeu em voz alta, logo em seguida, a estudante e fã Alessandra Silva, da Faculdade de Letras da UFRJ, arrancando risadas da platéia e do próprio músico.

“Eventos como esse na Universidade são uma oportunidade muito importante para os estudantes, principalmente para quem é fã como eu e nunca pôde ver seu ídolo nessa idade. O show foi ótimo, estou emocionada”, declarou Alessandra.

Neste mês de agosto, também marcaram presença, no Centro Cultural, os artistas Yamandu e Mart’nália (veja o vídeo), além das mostras de cinema, apresentação de teatro e espetáculo de dança. No fim desse mês de aniversário, o auditório Roxinho e o Salão Nobre do Centro Cultural dão lugar, entre os dias 27 e 31, ao Simpósio Brasileiro de Segurança da Informação.
 
Projetos futuros

O Centro de Tecnologia (CT) e o CCMN compõem um importante eixo científico-tecnológico, o qual não deve dispensar uma formação humanística e cultural: “Universidade não é apenas sala-de-aula. Além de se basear no tripé Ensino, Pesquisa e Extensão, é nosso papel funcionar como um pólo irradiador de cultura, oferecendo formação ampla e universal aos alunos”, afirmou a professora Ângela Rocha, Decana do CCMN.

Os eventos do Centro Cultural conseguem integrar a comunidade acadêmica, geralmente tão dispersa, em especial no imenso campus da Ilha da Cidade Universitária. Para a decana, “o Centro Cultural deve servir como um lugar agradável, onde as pessoas possam permanecer e conviver. A Universidade não deve ser somente um lugar de passagem”.

Uma das maiores vontades da professora Ângela, quando assumiu a decania do CCMN, era realizar a reforma do auditório Roxinho, fechado há nove anos, e retomar as atividades deste lugar que foi marco do movimento sindical na Universidade durante a década de 80.

O professor Horácio Macedo, que dá nome ao Centro Cutural, foi personagem marcante na luta pela redemocratização do Brasil, além de contribuir para uma série de avanços na UFRJ ao ser eleito reitor, em 1985. Promoveu, por exemplo, melhorias na Graduação e Pós-Graduação; criou atividades de extensão e lutou pela autonomia universitária. “Quando ele falava aqui, no auditório, não havia um que não se calasse para ouvir”, lembrou a decana do CCMN.

Hoje, além do auditório Roxinho, reinaugurado há 1 ano, o CCMN conta com uma biblioteca também reformada, um anfiteatro e uma área externa para exposição. O projeto de expansão do Centro Cultural prevê, ainda, novos laboratórios de informática, salas para projeções e apresentação de seminários, um teatro de arena e um museu.

Segundo Keila Chimite, coordenadora de eventos culturais do CCMN, todos estão impressionados com a moderna infra-estrutura do Centro Cultural: "A cantora Mart’nália, por exemplo, nos elogiou e se disse surpresa com a recepção do público e com a estrutura do auditório”. Além de oferecer atividades culturais, o Centro também pretende funcionar como um mini centro de convenções para receber eventos da Universidade e de portes nacional e internacional.

“Há poucas atividades culturais no CT e no CCMN, e o Centro Cultural é uma excelente oportunidade para nós, estudantes desses centros, participarmos dessas atividades, como cinema e shows. Isso é muito bom”, opinou Thais Scoralick, estudante de Engenharia Civil da UFRJ.