O Conselho Universitário aprovou na plenária, desta quinta (26/0707), a resolução que decide a participação da UFRJ no Programa do governo estadual de Revitalização, Urbanização e Recuperação ambiental dos Canais do Fundão e Cunha. A deliberação ocorre após a análise da comissão da UFRJ, que apontou entre as cláusulas condicionantes o planejamento detalhado, cuidados técnicos, além do acompanhamento e do aval de todas as etapas das obras pela universidade. A sessão foi assistida pelo subsecretário estadual do Ambiente (SEA), Antônio da Hora, que já havia realizado uma apresentação da iniciativa ao Consuni.
Em seu parecer, o relator da Comissão de Desenvolvimento, Almir Valadares, apontou a urgente necessidade de se limpar os canais, devido à crítica situação sanitária, estética e ambiental. Entretanto não dispensou os estudos de viabilidade técnica e a aplicação de novas tecnologias para a resolução do caso. As principais expectativas de sucesso do projeto são pela restituição dos manguezais e a maior circulação de água, contribuindo para a despoluição da Baía de Guanabara.
Apesar de algumas discussões pela inclusão de contrapartidas do governo do Estado do Rio – pois a universidade cederá, preliminarmente, a área do oito (terreno entre as Linhas Amarela e Vermelha) para depósito dos materiais retirados – a dimensão coletiva do projeto acabou trazendo o consenso entre os conselheiros, superando inclusive pormenores da forma do texto.
“O mais importante aqui é o espírito público da proposta e a nossa maior contrapartida será a limpeza do canal. É claro que fazemos questão que se conste a economia de recursos públicos com a disponibilização destas áreas”, ponderou o reitor Aloísio Teixeira. O projeto também acena para uma negociação mais à frente com o governo estadual sobre a vila residencial e acessos viários à Ilha do Fundão.
Novo coordenador e emérito
Durante o expediente, o reitor anunciou a professora de Literatura Comparada e Teoria Literária da Faculdade de Letras da UFRJ, Beatriz Resende, como a nova coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura (FCC/UFRJ). Ela também coordena o Programa Avançado de Cultura Contemporânea on line (PACC/UFRJ) e como pesquisadora do CNPq desenvolve o projeto "Os outros do Modernismo carioca".
O Consuni também aprovou como novo emérito, o professor Antonio Barros de Castro. O docente, titular e aposentado da UFRJ, pertence ao Instituto de Economia e já presidiu o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), além de atuar, entre 1963 e 1973, na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).