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Conselho Universitário (Consuni) provavelmente rediscutirá em sua próxima plenária, marcada para dia 26 de junho, o cronograma dos projetos da UFRJ a serem encaminhados ao Reuni (Programa de Reestruturação das Universidades), que integra o Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE).

 O Conselho Universitário (Consuni) provavelmente rediscutirá em sua próxima plenária, marcada para dia 26 de junho, o cronograma dos projetos da UFRJ a serem encaminhados ao Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades (REUNI), que integra o Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE). Enquanto isto não acontece, os prazos anteriores continuam válidos. Na próxima semana, acontecerão as apresentações públicas dos projetos das unidades à comissão criada, em dois de maio, pelo reitor Aloísio Teixeira para avaliar o PDE e propor diretrizes e ações da universidade em relação ao decreto do governo federal. O retorno do tema à pauta deve-se às reivindicações apresentadas pelos estudantes, nesta quinta (14/06), durante a sessão do Conselho, presidida pelo Pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Carlos Carlos Antonio Levi da Conceição.

A sessão do Consuni foi marcada por protestos. A representante do Comando Geral de Greve dos servidores técnico-administrativos, Ana Maria Ribeiro, deu um informe aos conselheiros sobre o movimento, que luta contra o congelamento dos salários e a transformação dos hospitais universitários (HUs) em fundações públicas de caráter privado. “Querem retirar o papel acadêmico dos HUs, além da responsabilidade do orçamento da União pela saúde”, frisou Ana.

A representante da Adufrj, Vera Salim, também teve o direito à palavra e não poupou críticas às recentes medidas governamentais, lembrando que as diretrizes do Banco Mundial para Educação, no terceiro mundo, estão sendo postas em práticas. “Eles querem a formação de assimiladores de conhecimento para as tecnologias desenvolvidas por eles. O mais triste é ver que este governo vem conseguindo transmutar as nossas bandeiras mais caras”, afirmou.

Pacificamente, mas com faixas e palavras de ordem, como “da autonomia não abro mão”, os estudantes ocuparam a sessão do Consuni, forçando a rediscussão dos prazos do Consuni. Os conselheiros apoiaram a manifestação discente e apontaram as muitas falhas das políticas públicas dirigidas ao ensino superior, mas frisaram as perdas decorrentes da não adesão da UFRJ ao REUNI.  “O tempo é uma variável política e não um álibi para as forças conservadoras.Também concordo que há um processo de mercantilização das universidades públicas em curso, mas vamos deixar de tentar buscar recursos para o bandejão, projetos de acessibilidade e um novo prédio para a Praia Vermelha”, indagou o conselheiro Carlos Vainer (IPPUR/UFRJ), lembrando que a comissão está adotando como critério os projetos que já vêm enraizados pela vontade da comunidade acadêmica.

Citando Karl Marx de O 18 de Brumário de Louis Bonaparte, o professor Rui Cerqueira (CCS/UFRJ), por seu turno, analisou o momento como uma repetição da história, primeiramente como tragédia e depois como farsa. “Estamos vivenciando uma ameaça real à universidade”, pontuou o conselheiro.
O pró-reitor Carlos Levi apontou que o assunto não deve se esgotar, mas que é preciso se avaliar as perdas da universidade, caso se recuse em participar do REUNI. “O governo está trabalhando com uma proposta razoável dentro uma constelação que inclui todas as Instituições Federais do Ensino Superior (IFES). A adesão ao programa é voluntária e pode ocorrer ao longo dos cinco anos. Só acho que devemos fazer um esforço e não perdermos logo essa oportunidade de obtermos mais recursos já, em 2008, principalmente diante nesse estágio de déficit que a UFRJ vive”, ponderou.