Cerca de 200 estudantes, reunidos em assembléia no hall do Salão do Conselho Universitário (Consuni), desde às 12h desta quinta-feira (14/06), votaram e decidiram ocupar o prédio da Reitoria como forma de protestar contra a participação da UFRJ no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), projeto instituído pelo governo, em abril de 2007, que oferece recursos financeiros extras para as universidades que reduzirem as taxas de evasão e aumentarem a relação professor-aluno.

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Estudantes ocupam Reitoria

Cerca de 200 estudantes, reunidos em assembléia no hall do Salão do Conselho Universitário (Consuni), desde às 12h desta quinta-feira (14/06), votaram e decidiram ocupar o prédio da Reitoria como forma de protestar contra a participação da UFRJ no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), projeto instituído pelo governo, em abril de 2007, que oferece recursos financeiros extras para as universidades que reduzirem as taxas de evasão e aumentarem a relação professor-aluno.

  Veja vídeos sobre a mobilização estudantil de ontem e de hoje.

Cerca de 200 estudantes, reunidos em assembléia no hall do Salão do Conselho Universitário (Consuni), desde às 12h desta quinta-feira (14/06), votaram e decidiram ocupar o prédio da Reitoria como forma de protestar contra a participação da UFRJ no Programa de Apoio a Planos de  Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), projeto instituído pelo governo, em abril de 2007, que oferece recursos financeiros extras para as universidades que reduzirem as taxas de evasão e aumentarem a relação professor-aluno.

Os alunos, que portavam buzinas, apitos e tambores, interromperam a sessão do Consuni, exigindo que os conselheiros ampliassem os prazos de discussão do projeto governamental. Atendendo parcialmente a solicitação dos discentes, os membros do Conselho Universitário aprovaram a inclusão de uma pauta extraordinária para discutir a reformulação do cronograma do REUNI. A decisão, no entanto, não agradou aos manifestantes, que se retiraram da reunião e iniciaram uma assembléia própria.

Os discentes garantem que permanecerão acampados no hall da Reitoria até que o reitor Aloísio Teixeira, em viagem institucional à França, se reúna com eles para discutir as principais reivindicações do movimento, que incluem, além das críticas referentes ao REUNI, a construção de restaurantes universitários, a ampliação do transporte interno entre a Praia Vermelha e a Ilha do Fundão e a manutenção dos Centros Acadêmicos (CAs) do Centro de Ciências da Saúde (CCS) no primeiro piso do prédio.

Para Tiago Loureiro, estudante da Faculdade de Direito e membro da Coordenação Nacional de Lutas dos Estudantes (Conlute), a ocupação é uma resistência em prol da garantia de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, para todos: “Queremos juntar estudantes aqui, sabemos que temos a simpatia de milhares de estudantes que não estão aqui porque precisam executar suas tarefas, trabalhar, estudar; isso dá fôlego para lutarmos de forma mais precisa; queremos resposta às nossas lutas. A resposta do Consuni não foi boa. Na prática, vimos que houve uma tentativa de combinar as reivindicações dos estudantes com a opinião da reitoria e, com isso, adiar as decisões. Queremos que nenhum projeto da UFRJ seja apresentado ao REUNI enquanto não for feita uma discussão ampla sobre ele. Na verdade, queremos que a UFRJ não participe desse programa, desejamos que ela continue defendendo o princípio constitucional da autonomia universitária”, explica o estudante, defendendo que os debates sobre o projeto perdurem até setembro deste ano.

Apoiados pelos movimentos docente e técnico-administrativo (Andes, Adufrj e Sintufrj), os alunos montaram comissões específicas para cuidar da alimentação dos manifestantes, negociar com os representantes da Reitoria e mobilizar mais adeptos para o movimento de ocupação. Os estudantes esperam não só conseguir uma adesão maior da categoria discente, mas aguardam também a presença dos funcionários, em greve desde o dia 30 de maio: “tanto alunos como servidores lutam pela universidade pública. A gente também defende a questão da greve dos funcionários. Por isso acredito que eles virão para cá”, afiança Natália Russo, aluna do curso de Direito.

A Reitoria da UFRJ se comprometeu a receber os manifestantes a partir das 13h desta sexta-feira (14/06).