Dar voz ao cidadão. Esse é o grande desafio do Brasil. No que diz respeito à saúde, o país ainda tem muito que avançar. Existem os conselhos que, inicialmente, visavam aproximar a sociedade dos hospitais e ambulatórios, para que assim, pudessem atendê-la de uma forma mais adequada. Mas será que esses conselhos são eficazes?
Para responder a essa e a outras questões, os professores do Laboratório de Economia Política da Saúde (LEPS) – desenvolveram o Estudo sobre Gestão Participativa em Saúde.
Analisou-se a produção acadêmica sobre o tema, o desempenho dos fóruns e a análise de experiências inovadoras na área. O trabalho também contou com uma pesquisa de campo no Rio de Janeiro acompanhando a implementação de alguns conselhos de gestão participativa. O funcionamento das ouvidorias em saúde e como a comunidade os utiliza também fizeram parte do estudo.
Essa pesquisa teve início em maio de 2006 e encontra-se em fase de finalização. Os professores afirmam que mesmo com a multiplicação dos fóruns participatórios, dar voz ao usuário não será suficiente para garantir que todos tenham acesso à saúde. O que falta então, para garantir o acesso universal? Que medidas são necessárias para melhorar a saúde, ou para haver uma participação mais efetiva da sociedade? Questões como essas estão na agenda. Inconclusas e instigantes, convidam pesquisadores interessados na área da saúde e em outras políticas sociais a aprofundar o conhecimento sobre o tema da participação.