O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) promoveu hoje, dia Mundial Sem Tabaco (31/05), a III Jornada Interdisciplinar de Tabagismo Professor José Rosemberg, com o tema “Tabagismo Passivo – um mal evitável”; o I Simpósio Médico: Atualização Terapêutica em Tabagismo, com o tema “Vareniclina: nova droga, novas perspectivas”; e a uma Exposição de alunos sobre tabaco e responsabilidade social.
O objetivo do evento é promover o intercâmbio entre profissionais que atuam na pesquisa, prevenção e tratamento do tabagismo na UFRJ e outras unidades de saúde do Estado do Rio de Janeiro. A Jornada conta com a participação de várias autoridades importantes como o diretor do HUCFF, Alexandre Pinto Cardoso; o diretor do Instituto de Doenças do Tórax (IDT/UFRJ), Gilvan Muzy; o representante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Franklin Rubinstein; entre outras.
– Um evento como esse é muito importante, e gostaria de elogiar primeiro o doutor Alberto José Araújo, do nosso Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo, que é o símbolo dessa luta anti-tabagismo no HUCFF. O nosso hospital conseguiu uma mudança de atitude em relação ao tabaco. Hoje, somos um Ambiente Livre de Tabaco e conseguimos aglutinar uma série de pessoas em torno dessa causa -, afirmou Alexandre Cardoso, diretor geral do HUCFF.
O evento tratou de temas como o tabagismo passivo em crianças e adultos; o ambiente livre de tabaco; o pensamento de médicos e de fumantes; a ação da nicotina na dependência e os métodos farmacológicos para a cessação do tabagismo e novas drogas, a vareniclina.
Câncer de orofaringe, de bexiga, de rins, leucemia aguda, e outros; doenças cardiovasculares; doenças pulmonares crônicas; efeitos adversos no desenvolvimento; úlcera péptica e pelo menos mais 55 doenças reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde são relacionadas ao Tabaco.
Segundo Alexandre Cardoso, não existe um nível de exposição passiva ao cigarro. A Fumaça do Tabaco Ambiental (FTA) atinge todo o ambiente do fumante e de quem estiver por perto. “Não fume e nem fique perto de quem o pratica. Não sabemos ainda a quantidade necessária de exposição a FTA para que se desenvolva doenças, como, por exemplo, o câncer de pulmão”, explica o diretor do HUCFF.
Ele complementa: “os lugares para fumantes devem ser restringidos, sim. Pois fumar não traz prejuízos apenas para quem fuma, esse hábito pode prejudicar as outras pessoa”, Alexandre concluiu sua fala com uma frase, acompanhada da cena de uma propaganda de cigarros, cujo ator morreu de câncer. “Fumar é um prazer, genial, sensual, MORTAL.”.
Veja aqui vídeo com o professor do Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo (NETT) do Hospital Universitário da UFRJ Alberto José de Araújo que discute as causas do fumo, os efeitos das campanhas anti-tabagismo no Brasil e a propaganda da indústria do cigarro no mundo.