O processo de reciclagem, tanto de materiais orgânicos quanto de plásticos, vidros e papéis, é uma ação promissora para qualquer um, seja pessoa, instituição ou órgão. Além de propiciar uma série de empregos diretos e indiretos e de colaborar para uma questão que está em voga - o cuidado com o meio ambiente -, a reciclagem ainda proporciona uma economia significativa ao país, que pode girar em torno de U$ 6 bilhões ao ano, no caso do Brasil.">O processo de reciclagem, tanto de materiais orgânicos quanto de plásticos, vidros e papéis, é uma ação promissora para qualquer um, seja pessoa, instituição ou órgão. Além de propiciar uma série de empregos diretos e indiretos e de colaborar para uma questão que está em voga - o cuidado com o meio ambiente -, a reciclagem ainda proporciona uma economia significativa ao país, que pode girar em torno de U$ 6 bilhões ao ano, no caso do Brasil.">
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Reciclagem pode gerar economia significativa para o Brasil

O processo de reciclagem, tanto de materiais orgânicos quanto de plásticos, vidros e papéis, é uma ação promissora para qualquer um, seja pessoa, instituição ou órgão. Além de propiciar uma série de empregos diretos e indiretos e de colaborar para uma questão que está em voga – o cuidado com o meio ambiente -, a reciclagem ainda proporciona uma economia significativa ao país, que pode girar em torno de U$ 6 bilhões ao ano, no caso do Brasil.


O processo de reciclagem, tanto de materiais orgânicos quanto de plásticos, vidros e papéis, é uma ação promissora para qualquer um, seja pessoa, instituição ou órgão. Além de propiciar uma série de empregos diretos e indiretos e de colaborar para uma questão que está em voga – o cuidado com o meio ambiente -, a reciclagem ainda proporciona uma economia significativa ao país, que pode girar em torno de U$ 6 bilhões ao ano, no caso do Brasil.

Vantagens do processo
Cerca 250 mil toneladas de lixo são produzidas por dia nas cidades brasileiras. A reciclagem de todo este lixo poderia significar economia de matéria-prima e de energia para outros setores de produção. No caso do alumínio, por exemplo, a economia de energia gasta nos processos de mineração e transformação da bauxita até o material pretendido seria de 95%. De acordo com Elen Pacheco, professora do Instituto de Macromoléculas Eloísa Mano da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IMA/UFRJ), não destinar o material do lixo ao processo de reciclagem, significa um desperdício. “Num país em que a grande maioria da população é pobre, é inconcebível jogar fora matéria-prima e energia; estamos perdendo dinheiro”.

Além do benefício econômico, o processo de reciclagem também é visto com bons olhos por suas vantagens em relação ao meio ambiente. O material orgânico pode tornar-se adubo para hortas comunitárias, por exemplo. Por outro lado, com os plásticos, há uma aceleração da decomposição da matéria orgânica, visto que sua presença impermeabiliza as camadas, prejudicando a circulação de gases e líquidos. Também há a vantagem de diminuição de volume do lixo nos aterros, permitindo-lhes maior sobrevida, além da possibilidade de geração de empregos.

Diante de todas as vantagens que o processo de reciclagem traz, é importante tornar os componentes do lixo atrativos e economicamente viáveis para comercialização, o que acontece quando o material a ser reciclado chega em boas condições na indústria de transformação. A melhor alternativa para isso seria o material provindo de coleta seletiva, porém, no Brasil, com exceção do Rio Grande do Sul, a maior parte do que é destinado à reciclagem vem do lixão, o que provoca grande gasto de água e energia para limpeza e purificação.

Coleta seletiva
Uma empresa de reciclagem, como qualquer outra, só funciona bem se tiver matéria-prima proveniente da coleta seletiva. De acordo com Pacheco, entre as 5500 cidades brasileiras, as que têm programa de coleta seletiva não representam nem 10% do total: “há anos, a reciclagem no Brasil é sustentada pelo que vem das ruas e dos lixões”.

A razão para tal quadro está na falta de um programa nacional adequado de coleta de lixo, em que os materiais, depois de consumidos, são separados em papel (nos recipientes azuis), plástico (nos vermelhos), vidro (nos verdes) e metal (nos amarelos) e encaminhados a galpões de triagem, cooperativas, sucateiros, beneficiadores ou recicladores. Para contornar esta situação, recentemente, o governo estabeleceu, através do decreto Nº 5.940, que todas as instituições públicas federais devem implantar o modelo de coleta seletiva de lixo. Esta iniciativa representa um avanço, mas esbarra na questão do financiamento, pois a própria instituição deve arcar com os gastos que envolvem o projeto.

Reciclagem de PET
Um produto que tem ganhado destaque nos processos de reciclagem é a garrafa PET, embalagem plástica adequada para guardar líquidos, devido à sua impermeabilidade a gases e odores, o que evita o contato do material acondicionado com o ambiente externo. Além de economizar petróleo – visto que um quilo do plástico equivale a um litro de petróleo em energia – a reciclagem de PET ainda traz uma diminuição de 30% no valor do produto transformado para o consumidor.

De acordo com Pacheco, tecnicamente o país está bem, em termos de reciclagem. O nó do processo encontra-se na questão da ausência de coleta seletiva. “Se tivéssemos programas de coleta seletiva implantados no Brasil, com certeza teríamos índices de reciclagem muito maiores dos que nós temos e o retorno econômico e ambiental seria significativo para todos”, conclui.