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UFRJ inicia debate eleitoral

Aloísio Teixeira e Sylvia Vargas protagonizaram o primeiro debate da Pesquisa Eleitoral de 2007, nesta segunda, 26 de março. Por cerca de três horas, os candidatos à Reitoria da UFRJ.

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A chapa 10, composta por Aloísio Teixeira e Sylvia Vargas, professores licenciados dos cargos de reitor e vice-reitor, respectivamente, para concorrerem à reeleição no próximo pleito (2, 3 e 4 de abril), protagonizou o primeiro debate da Pesquisa Eleitoral de 2007. Na segunda-feira, 26 de março, o Salão Pedro Calmon, localizado na Praia Vermelha, recebeu os dois candidatos que, por três horas, expuseram as principais propostas para os próximos quatro anos de mandato.

Na parte inicial do evento, que dedicou os dois últimos blocos às perguntas dos membros da comunidade universitária e às respostas dos candidatos, Aloísio Teixeira fez um balanço do período em que esteve à frente da administração central da UFRJ, elegendo o caráter democrático como o ponto alto de sua gestão. O reitor citou as iniciativas da “Plenária de Decanos e Diretores” e da “Reitoria Itinerante” como parte do esforço para ampliar o espaço de debates na universidade.

O orçamento participativo, a transparência na prestação de contas e o expressivo aumento no número de bolsas para estudantes da Graduação também foram mencionados por Aloísio Teixeira como êxitos da sua administração. “Não somente aumentamos o montante global de bolsas como também criamos e recuperamos outras modalidades, como a Bolsa Extensão, a Bolsa de Iniciação Artística e Cultural, a Bolsa de Alojamento. O sistema de bolsas da UFRJ é o maior e melhor programa de bolsas do Brasil, o que mostra a nossa preocupação com a Graduação e a Assistência Estudantil”, ressaltou o candidato.

 O professor discorreu sobre duas metas de sua gestão que não puderam ser plenamente concretizadas: a construção do restaurante universitário e a qualificação do corpo técnico-administrativo da instituição. Embora tenham existido políticas de capacitação dos servidores, Aloísio Teixeira avalia que o ideal seria oferecer subsídios para os funcionários avançarem tanto na Educação Profissional como na Formal: “Não tenho a pretensão de ter feito tudo da melhor maneira possível, mas estou certo de que todas as questões importantes foram problematizadas na UFRJ. A nossa proposta é iniciar novos projetos e dar, ao mesmo tempo, continuidade ao que já estamos fazendo. Queremos reforçar as práticas democráticas, lutar pela ampliação do orçamento, consolidar e ampliar as políticas de assistência estudantil e, principalmente, responder ao desafio da democratização do acesso”, afiançou.

Participação da comunidade universitária

Os alunos de Graduação presentes no evento aproveitaram a oportunidade para reivindicar bandeiras históricas do movimento estudantil, como a paridade na representação dos segmentos nos órgãos colegiados, reformas no alojamento estudantil e a construção de um restaurante universitário na Praia Vermelha.

Já os comentários dos funcionários técnicos-administrativos presentes focaram o método de discussão do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), documento apresentado pela reitoria nas congregações de todas as unidades da universidade no segundo semestre de 2006. Os servidores elogiaram a iniciativa da construção coletiva do plano estratégico, que, ao ser aprovado, guiará, por cinco anos, as ações da instituição. A crítica principal, no entanto, residiu no fato de que, em alguns institutos, a discussão se resumiu aos docentes, deixando de fora estudantes e funcionários.

 Os professores participantes do debate felicitaram os candidatos pela revitalização dos fóruns formais de discussão e pela criação de espaços informais: “A iniciativa foi muito importante para a democracia dentro da UFRJ. Por isso, torci pela reeleição de Aloísio e Sylvia e não me surpreendi com a inscrição de uma chapa única para a reitoria. Eles ousaram tocar em problemas que afetam a cultura universitária e possuem projetos de longo prazo para a instituição”, destacou Suely Almeida, professora da Escola de Serviço Social e decana do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) no período de 2003 a 2006.

Apontando vantagens e desvantagens da Pesquisa Eleitoral de 2007, Sylvia Vargas afirmou que entende a ausência de chapas concorrentes neste pleito como uma aprovação da gestão passada. A professora da Faculdade de Medicina chamou atenção ainda para a importância de a comunidade universitária participar da votação: “Antes de 1985, nós não tínhamos o direito de indicar nossos dirigentes. A Pesquisa, portanto, representa uma conquista nossa; devemos exercer o direito do voto”, aconselhou a candidata à vice-reitora.

Os debates dos candidatos à reitoria da UFRJ com a comunidade acadêmica continuam amanhã, dia 27 de março. Dessa vez, o encontro acontecerá no auditório do Centro de Tecnologia, das 11h às 16h, na Ilha do Fundão.