Em 2007, o Instituto de Ginecologia (IG) da UFRJ, marco na criação da ginecologia como especialidade médica no Brasil, comemora 60 anos com toda pompa. Diversas atividades estão previstas como o show “Prata da Casa”, um evento onde os funcionários demonstrarão seus talentos; a publicação de um histórico do Instituto além de promover um encontro de ex-alunos.
Hoje o Instituto coordena cursos de Pós-graduação lato sensu, como de Aperfeiçoamento, Especialização, Residência Médica, de Treinamento Profissional e de Atualização; os cursos de Pós-graduação stricto sensu – Mestrado e Doutorado em Ginecologia integrado ao Programa de Pós-graduação em Cirurgia Geral. Além de oferecer aos alunos da Graduação em Medicina da UFRJ, Internato Rotatório em Ginecologia e o Centro de Estudos para a realização de Seminários, Conferências e Mesas Redondas em diversas áreas de atuação da Ginecologia.
Além disso, o Instituto pretende ser um centro de excelência em Reprodução Humana, com as mais modernas técnicas de fertilização. Atualmente, o local conta com consultas para o casal, atendimento psicológico, ultra-sonografias, histeroscopias, laparoscopias, entre outros. Tudo isso para ajudar gratuitamente os casais que têm dificuldades em gerar filhos.
– Desejamos poder ajudar de verdade esses casais, queremos ser capazes de fazer gratuitamente para a população a Reprodução Assistida (Inseminação Artificial). Mas para isso precisamos de ajuda financeira. Temos espaço e material humano, o que falta é verba e vontade política, – afirmou o professor Antônio Carneiro, diretor-geral do Instituto
A unidade foi descredenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 2001 e passou por uma crise, superada com dificuldades. Com a ajuda de funcionários, pacientes, amigos, alunos, ex-alunos, médicos e, principalmente, do doutor Antônio Carneiro, as atividades foram restabelecidas. Novas metas, inclusive, foram alcançadas, como a criação de uma biblioteca, credenciamento da Residência Médica em Obstetrícia e Ginecologia e organização de novos projetos de pesquisas e reativação dos antigos.
Um pouco da história
Em 1936, com o falecimento do professor Augusto Brandão Filho, o professor Arnaldo de Moraes, seu discípulo, assumiu a Cadeira da Clínica Ginecológica da Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, hoje UFRJ. A nova Clínica foi instalada no Hospital Estácio de Sá (atual Hospital da Polícia Militar) e transferida, em 1942, para o Hospital Moncorvo Filho. E ao contrário do que se poderia imaginar para a época, a clínica não se limitou à assistência médica e ao ensino curricular da fisiopatologia do aparelho genital feminino, a clínica fez questão de interagir com outros setores da medicina e pesquisar mais sobre as ginecopatias. E em 31 de Março de 1947, o Conselho Universitário aprovou a criação do Instituto de Ginecologia da UFRJ, integrado a Faculdade de Medicina.