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Esporte e Ciência inauguram a XV Semana da Química na UFRJ

Foto: Fernanda Carvalho
Para tratar do tema “Ciência a serviço do esporte”, reuniram-se Jurandir Nadal (Coppe), Cláudio de Araújo (Conselho Regional de Medicina do RJ), Cássia Turci (diretora do IQ), Ângela dos Santos (decana do CCMN), e Francisco Radler (professor do IQ e coordenador do LABDOP) 

A Ciência a serviço do esporte é o tema da XV Semana da Química que teve início dia 26, se estendendo até a próxima sexta-feira. A mesa de abertura, que aconteceu no auditório Roxinho, do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), contou com a presença dos professores Francisco Radler, do Instituto de Química (IQ/UFRJ), Coordenador do Laboratório de Controle de Dopagem da UFRJ, responsável pelas análises de Dopping dos Jogos Pan-Americanos de 2007; Cláudio de Araújo, membro permanente da Câmara Técnica de Medicina Desportiva no Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro; Angela Rocha dos Santos, Decana do CCMN; e Cássia Curan Turci, diretora do IQ, entre outros.
A professora Cássia presidiu a mesa de abertura e falou sobre a relevância dessa apresentação. Segundo ela, a mesa redonda serve aos objetivos do IQ, que é trabalhar a interdisciplinaridade, além de trazer à tona a questão da Ciência no esporte, tema bastante atual, graças aos jogos Pan-Americanos.

Esporte e Saúde
O doutor Cláudio deu prosseguimento aos trabalhos: “A influência da Ciência no esporte não é nova, e se torna mais marcante a partir do século XVI, quando movimentos científicos tiveram um impacto maior, e foram rapidamente abordados e incorporados dentro do conceito do esporte-competição”, explica o médico e professor.
Hoje, no século XXI, a Ciência está presente na tecnologia das roupas, calçados e aparelhos utilizadas pelos atletas, nos exames de dopagem (que envolvem genética), etc, contribuindo para um melhor desempenho das atividades desportivas.
Também foram abordados temas em torno da determinação do peso ideal do atleta e da maneira como o exercício deve ser realizado a fim de não haver lesões, tudo ilustrado por procedimentos médicos que são realizados nessas situações.
Um exemplo é o Teste Cardiopulmonar do Exercício, cujo objetivo é medir a condição aeróbica de um indivíduo. “Cerca de 4,5 mil testes desses já foram feitos nos últimos anos, incluindo atletas e pessoas comuns”, informa Claudio.
O médico também citou uma pesquisa que desmente uma certa crença do senso comum, mostrando que exercícios de flexibilidade (os quais conhecemos como “alongamentos”), antes do exercício físico propriamente dito, não representam redução dos riscos de lesão.

Organização
Ao longo dessa semana, serão realizados cursos – pelos quais foi cobrada uma taxa de inscrição simbólica – além de palestras gratuitas. Podem participar não apenas os estudantes e docentes do IQ, mas também professores, alunos e profissionais da área de Química pertencentes a outras instituições do estado do Rio de janeiro.
O evento é totalmente organizado por alunos da graduação de Química da UFRJ, que fazem parte da Comissão Organizadora da Semana de Química (COSQ), dentre os quais estão estudantes de diversos períodos, tanto os voltados para licenciatura, quanto para as atribuições tecnológicas.
Aline Alves, estudante de Química da UFRJ e membro da COSQ, chama a atenção para o caráter voluntário e espontâneo do apoio dado por professores e alunos já formados, que integram a organização do evento sem ganhar nada em troca, representando uma importante contribuição para a qualidade das atividades desenvolvidas.
Ela explica que a Semana da Química é um evento incorporado ao calendário oficial do Instituto de Química, e que teve início devido a uma necessidade dos alunos com relação a cursos que não eram oferecidos ao longo da formação.
Suyane Alvarenga, também estudante de Química da UFRJ e membro da COSQ, acrescenta: “A idéia da semana é complementar a nossa formação, buscando não somente oferecer matérias que não fazem parte da nossa grade de estudo, mas também aquelas que vemos de forma menos aprofundada na faculdade”. Como exemplo de cursos oferecidos, podemos citar os intitulados “Química no esporte” e “Segurança no laboratório e na indústria”, dentre outros.
“Organização” é uma palavra-chave para definir o sucesso crescente da Semana. Ao final do mini-congresso, que é a Semana da Química, são emitidos certificados aos participantes dos cursos, no qual consta o caráter de complemento curricular das atividades, assinados pela diretoria do IQ e pelo presidente da atual Semana. “A gente está sempre tentando inovar, trazendo pessoas novas, para que cada Semana seja um sucesso maior do que as edições anteriores. Esse é nosso objetivo, fazer com que cada evento seja melhor que o anterior”, conclui Aline.