Foto: Juliano Pires |
Nova diretora discursa sobre |
No dia 27 de fevereiro de 2007, em cerimônia no auditório Leopoldo de Meis, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), tomou posse a nova diretoria do Instituto de Bioquímica Médica (IBqM). A professora Débora Foguel é a nova diretora e o professor Mário Alberto Cardoso da Silva Neto, o vice-diretor. A cerimônia contou com a presença de aproximadamente 100 pessoas, entre estudantes, alunos e professores, e foi marcada por discursos otimistas e pela emoção. A nova gestão estará à frente do IBqM nos próximos dois anos.
O evento teve início com a execução do Hino Nacional e a assinatura do termo de posse. Em seguida, foi a vez do discurso do ex-diretor, Franklin David Rumjanek, que relembrou alguns desafios de seu trabalho. Franklin foi o primeiro diretor desde a transformação do antigo departamento de Bioquímica Médica em instituto, o que aconteceu em 2004. "Agradeço a confiança depositada em mim nos últimos dois anos. A falta de dinheiro e a curta gestão foram insuficientes para a realização de todas as metas, mas implementamos um esqueleto no IBqM. Espero que esta gestão e as próximas continuem com bom trabalho", disse o professor. Ele destacou, ainda, que pelo fato de o IBqM ser bastante novo, vários pequenos detalhes burocráticos tiveram de ser resolvidos em sua gestão, como por exemplo a criação de um CNPJ.
A vice-decana do Centro de Ciências da Saúde, professora Maria Fernanda
Foto: Juliano Pires |
Alunos e professores lotam |
Quintella, declarou em seu discurso que o Instituto, apesar de novo, já é um dos mais importantes do CCS. "O grupo de docentes é muito forte academicamente, e ao mesmo tempo muito jovem. As dificuldades serão ultrapassadas de forma natural, com a força que este grupo sempre teve. A professora Débora já vem realizando um ótimo trabalho na integração dos institutos do CCS, e espero que continue. O Centro estará disponível para tudo o que for necessário", afirmou a vice-decana.
Em um discurso emocionado, a nova diretora, Débora Foguel, destacou vários pontos positivos do IBqM e se mostrou otimista em relação ao futuro e aos novos projetos. Foguel foi a primeira diretora mulher do instituto, desde os tempos em que ainda era departamento ligado ao ICB (Instituto de Ciências Biomédicas), e falou sobre a importância disto: "Sou a primeira diretora mulher, e isto configura uma grande responsabilidade para mim. Estamos vivendo um período de transformações", atesta a diretora.
Os cursos de férias do professor Leopoldo de Meis também foram um ponto de destaque: "Os cursos oferecidos pelo professor Leopoldo de Meis a alunos de baixa renda do ensino médio abrem diversas portas para o ingresso na universidade pública. Aqui, entram inúmeros estudantes carentes em todos os sentidos, que, às vezes, nem têm mais a entrada na universidade como parte de seus sonhos. Em um desses cursos, fizemos contatos com a CUFA – Central Única das Favelas – com o objetivo de buscar jovens da Cidade de Deus. Eles nos proporcionaram enorme prazer quando cantaram, na forma de rap, o trajeto do alimento. Isso nos prova que todos podemos aprender, se ensinados com carinho e cuidado", declara a professora.
A diretora discursou, ainda, sobre o projeto Fronteiras, que será inaugurado nesta gestão, em um novo prédio do IBqM. "Fronteiras pretende inaugurar uma nova forma de fazer ciência, onde grupos das mais diversas áreas desenvolverão suas pesquisas, sob o mesmo teto. É muito mais do que simplesmente o aumento do espaço físico do IBqM, mas principalmente é a abertura de portas para a transdisciplinaridade, tão importante nos dias de hoje". Ao fim de sua fala, Débora discorreu, também, sobre os diversos programas que estão sendo desenvolvidos para aumentar a interação com o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. A seu ver, esta união ainda precisa ser melhorada.
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Reitor promete apoio total da UFRJ |
No encerramento da cerimônia, o reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, afirmou que o instituto já tem algo próprio, que é a tradição de excelência. "Isto deve ser visto como um meio de transformação da sociedade, ou seja, ‘excelência para muitos’. A qualidade não deve se restringir aos muros da universidade, mas sim atingir o máximo de pessoas possível. Temos que revolver a estrutura universitária, acabar com os muros, torná-la mais aberta. Este fechamento atual é um problema de concepção da estrutura da universidade. O IBqM pode contar com a reitoria e com a UFRJ como um todo no sentido de atingir esta ‘excelência para muitos’", disse o reitor.