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Orçamento longe do ideal

 A sessão do Conselho Universitário (Consuni) aprovou, nesta quinta-feira (14/12), o orçamento da UFRJ para 2007. Ao todo são R$ 115.013.280,00 que incluem receitas próprias da universidade e recursos do Tesouro da União. O montante, apesar de superior aos anos anteriores, ainda mostra-se aquém das necessidades da comunidade acadêmica. Segundo o relator da proposta orçamentária, o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento, Carlos Levi, o ideal seriam cerca de R$ 160 milhões. O descontentamento dos conselheiros ficou expresso com a moção que classificou “os recursos como insuficientes, insatisfatórios”, demonstrando a pouca atenção do governo federal com a educação superior no país. A indignação deve-se ao fato de não haver nenhum centavo previsto para investimentos.

O reitor Aloísio Teixeira analisou que quase metade do orçamento é absorvido no pagamento de energia elétrica (R$ 27 milhões), vigilância (R$ 11 milhões), limpeza, (R$ 9.082.400) e telecomunicações (R$ 9 milhões). “O que consideramos um êxito é a verba destinada ao auxílio financeiro do estudante (R$ 10.604.985). Mudamos alguns critérios em relação ao ano passado. Mais do que fixarmos tetos por itens de despesas, tentamos premiar o esforço acadêmico das unidades, como a implementação de graduação noturna”, lembrou o reitor, antes de se retirar do Consuni para receber um prêmio na Associação Brasileira de Administradores.

O orçamento – elaborado pelos decanos e pró-reitores – é descentralizado, pois as unidades receberão seus recursos diretamente. Mas alguns critérios foram questionados, o decano do Centro de Tecnologia, Walter Issamu, destacou as dificuldades da criação de cursos à noite, no Campus da Ilha do Fundão, por questões de segurança e transporte.  A pró-reitora de extensão, Laura Tavares, também criticou a “acomodação da universidade com mecanismos de financiamento paralelo”, apontando a  luta política como caminho por mais recursos junto ao governo federal.