O objetivo do GOTA será atender, além da Ilha do Fundão, as vias expressas da região, Bonsucesso e Ramos, podendo ainda atuar em São Cristóvão, Centro, Ilha do Governador e Caxias. Para Hélio de Mattos, prefeito da Cidade Universitária da UFRJ, ter um grupamento no campus agilizará o atendimento a casos de emergência. “Teremos socorro imediato para qualquer incidente que ocorrer na ilha”, destaca o professor.
A colaboração entre o Corpo de Bombeiros e a UFRJ existe desde 2003. Centros de pesquisa e pólos de produção tecnológica como a Fundação Bio-Rio, o Centro de Pesquisas em Energia Elétrica (Cepel), da Eletrobrás, e o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobrás, detectaram a necessidade da presença do Corpo de Bombeiros na Ilha do Fundão para o caso de incêndios em laboratórios. Em convênio com a Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB) e empresas como Esso, Shell e Transpetro, foi construído um quartel, cujo terreno foi cedido pela universidade. Inaugurado em 2005, ele é o embrião do futuro Instituto Tecnológico de Defesa Civil, o primeiro laboratório no Brasil voltado para o teste de equipamentos contra fogo.
O novo grupamento trará vantagens tanto para o Corpo de Bombeiros como para a UFRJ. Marco Aurélio Silveira Martins de Oliveira, coronel bombeiro, comandante do GOTA, destaca a importância desse grupamento para a corporação, que está completando 150 anos de fundação: “ele é um marco porque nós nunca tivemos um grupamento que fosse voltado para o futuro, para as novas tecnologias e teste de materiais”, explica.
Já para a UFRJ, Ivan Carmo, vice-prefeito da Cidade Universitária, explica: “é muito bom para a universidade porque estamos em uma área de risco. Os laboratórios necessitam de um treinamento especial”. Para Hélio de Matos, as vantagens vão além do atendimento imediato. “Haverá também intercâmbio para treinamento de pessoal contra incêndios”, informa o prefeito.