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Grupo de estudos discute saúde do idoso

 O aumento do número de idosos na população brasileira é um fato que tem despertado novas políticas públicas, assim como a atenção de setores acadêmicos. A fim de dar visibilidade aos assuntos referentes à saúde do idoso e ao envelhecimento, o Grupo de Estudos Interinstitucional em Enfermagem na Atenção à Saúde do Idoso (GEASI) promoveu seu primeiro seminário, nesta sexta-feira (1/12), na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio).

O GEASI é um grupo formado por professores e estudantes de Enfermagem de três importantes instituições acadêmicas: a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF) e a UniRio. Ele surge com a proposta interinstitucional de unir os esforços e integrar os profissionais da área, para a implementação articulada da produção de conhecimento e para a contribuição para a prática assistencial e a formação de alunos de graduação.

– Essa integração vai contribuir muito no âmbito da enfermagem no Rio, pois proporcionará visibilidade perante a produção de conhecimento e a participação na questão da atenção ao idoso -, afirma Ana Maria Domingues, professora do Departamento de Enfermagem e Saúde pública da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN/UFRJ).

De acordo com Iraci do Carmo França, presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) no Rio de Janeiro, o envelhecimento não é visto pela universidade somente em termos de doença, com o que concorda Beatriz Aguiar, diretora da Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP) da UniRio: “o foco que nós, da Academia, queremos dar é no entendimento do idoso como ser humano, cidadão, não apenas como um doente”.

Para melhor atender este grupo, Regina Célia Zeitoune, diretora da EEAN, lembra a importância do investimento em pesquisa, extensão e ensino no curso de Enfermagem, em relação a pessoas da terceira idade. Além da indispensável atuação da universidade, Célia Caldas, vice-diretora da Universidade Aberta à Terceira Idade (UNATI), ressalta que a compreensão do envelhecimento e a contribuição para a qualidade de vida dos idosos, deve ir além do que consta na grade do curso: “a formação básica especializada na saúde dos idosos deve ser pensada, além da graduação, na formação em nível médio e preparação do profissional de enfermagem para trabalhar com a família dessas pessoas”.