Categorias
Memória

VI Mostra de Teatro traz o Auto da Barca de Camiri


No dia 10 de novembro, a VI Mostra de Teatro da Escola de Comunicação da UFRJ foi aberta com a inauguração da Sala Oduwaldo Viana Filho. A antiga sala 136 da ECO, que já era utilizada pela Direção Teatral, sofreu uma grande reforma e foi adaptada para um espaço cultural multimeios, que poderá ser utilizada não só como sala de aula, mas também para ensaios e apresentações de peças teatrais.

Na Mostra, serão exibidos dez Projetos Experimentais de formandos em Direção Teatral da Escola de Comunicação (ECO/UFRJ), que estão sendo apresentados a cada três dias.

Segundo a coordenadora do Curso de Direção Teatral, Carmem Gadelha, “a Mostra tem uma marca de qualidade e padrão de profissionalismo e responsabilidade com o produto poético e estético”. E foi assim que, neste dia 14 de novembro, a primeira peça de um dos alunos formandos estreou na Sala Oduwaldo Vianna Filho (antiga sala 136), da ECO Praia Vermelha, recém remodelada.

A peça intitulada “Auto da Barca de Camiri” de Hilda Hilst, com direção de Rodrigo Molinari e sob a orientação de Antonio Guedes discute a racionalidade do homem e questiona os limites da sensibilidade humana. As atrizes iniciaram fazendo um pequeno histórico da escritora, poeta e dramaturga, Hilda Hilst, que nasceu em São Paulo e teve na sua trajetória de vida um estímulo para escrever peças teatrais como uma alternativa de interlocução com a sociedade. A história encenada trata do julgamento de um homem que trazia consigo nas mãos “um possível maná” e havia feito o milagre de ressuscitar um pássaro. Um enredo simples, mas com um traço criativo de uma montagem contemporânea que atravessa toda a encenação.

A peça “Auto da Barca de Camiri” tem duração de 60 minutos e continua até o dia 16 de novembro. Depois segue a programação da Mostra até o dia 17 de dezembro.

A Mostra está sendo realizada na Sala Oduwaldo Vianna Filho (número 136), da Escola de Comunicação,  campus da Praia Vermelha. A entrada é franca. Haverá distribuição de senhas uma hora antes dos espetáculos. Colabore com o Natal de quem tem fome, traga 1kg de alimento não-perecível.

Confira a programação:

14, 15 e 16 de novembro, às 20h
Auto da Barca de Camiri, de Hilda Hilst
Numa espécie de julgamento, testemunhas falam a respeito de um Homem que trazia nas mãos “um possível maná” e havia feito o milagre de ressuscitar um pássaro.
Direção Rodrigo Molinari
Orientação Antonio Guedes
 
17, 18 e 19 de novembro, às 20h
A Vida em Duralex, baseado na obra A Casinha dos Velhos, de Maurício Kartún.
Rubén, aos 32 anos, volta à casa dos pais porque acaba de se divorciar. Mas ele sempre volta, por outros motivos. Reencontra seu passado e antecipa seu futuro.
Direção Leticia Guimarães
Orientação Marcellus Ferreira

21, 22 e 23 de novembro, às 20h
As Três Irmãs, de Anton Tchékhov
Em meio a uma vida regular, plana, comum e vulgar, no interior da Rússia, as três irmãs sonham dia após dia em voltar a Moscou, onde haviam passado uma infância feliz.
Direção Rafael Souza-Ribeiro
Orientação Rosyane Trotta
 
24, 25 e 26 de novembro, às 20h
Eles não usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri
Um morro carioca. Vidas sendo vividas e compartilhadas. Surge mais um momento de provação. Todos querem resistir. Todos menos um.
Direção Menelick de Carvalho
Orientação Rosyane Trotta

28, 29 e 30 de novembro, às 20h
Confraria das Portas Amarelas, de Felipe Barenco
Aqui, portas amarelas são signos de ascensão social. Nessa cidade, apenas um grupo de escolhidos tem o privilégio dessa cor. Os que não a têm esperam. Esperam receber, esperam ter a honra. Esperam na ânsia de pintar suas portas.
Direção Fernanda Areias
Orientação Carmem Gadelha
 
01, 02 e 03 de dezembro, às 20h
La Chunga, de Mario Vargas Llosa
Fantasia e realidade se misturam no barzinho da Chunga. Nesse ambiente árido, machismo, tabus, violência e sensualidade são elementos comuns.
Direção Rodrigo Garcia
Orientação Fábio Ferreira
 
05, 06 e 07 de dezembro, às 20h
Santidade, de José Vicente
Peça interditada pela censura, destacava as forças renovadoras que atuavam em nosso mundo à época da contracultura. Quarenta anos depois, essas forças são reclamadas com ainda maior urgência: as forças do presente atravessadas pelas forças do passado.
Direção Thiago Arrais
Orientação Adriana Maia
 
08, 09 e 10 de dezembro, às 20h
A Menina de Lá, de João Guimarães Rosa
A Menina de Lá faz parte do livro Primeiras Histórias, de João Guimarães Rosa.
Ambientado no sertão mineiro, o conto focaliza o lado mágico e transcendental da vida.
Direção Gisele Alves
Orientação José Henrique B. Moreira
 
12, 13 e 14 de dezembro, às 20h
Os Sapatinhos Vermelhos, de Caio Fernando Abreu
A camada mais externa do homem é, hoje, quase o único acesso possível. Distanciado por intermédios tecnológicos, a essência dá lugar à aparência. As relações são efêmeras, o sentimento é blasé e o instintivo se deturpa.
Direção Tales Frey
Orientação Adriana Maia
 
15, 16 e 17 de dezembro, às 20h
Crônica de uma Morte Anunciada, de Gabriel García Márquez
É o último dia de vida de Santiago Nasar: sujeito assassinado pelos irmãos de Ângela, a jovem de quem ele, supostamente, tirou a virgindade.
Direção Paula Valente
Orientação Fábio Ferreira