Parceria entre o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da UFRJ, Eletrobrás e Governo do Ceará possibilita a instalação da primeira usina de energia gerada por ondas do mar da América Latina.
O Brasil é um dos pioneiros no avanço das tecnologias de desenvolvimento sustentável. A instalação da primeira usina de ondas marinhas da América Latina, prevista para 2007, no Porto de Pecém (Costa do Ceará), localizado a 60 km da cidade de Fortaleza, é um dos exemplos desse pioneirismo. A energia produzida será de 500 KW, abastecendo o equivalente a 200 famílias ou uma pequena fábrica.
O protótipo, lançado dia 22 de outubro, durante a Semana de Ciência e Tecnologia, foi desenvolvido no Laboratório de Tecnologia Submarina (LTS) da Coppe/UFRJ. Nesse laboratório encontra-se o maior Tanque Oceânico do mundo, utilizado para demonstrações e testes do projeto, que simula, em escala menor, como se dá o funcionamento de uma usina que gera energia através das ondas do mar.
De acordo com Paulo Roberto da Costa, um dos pesquisadores do projeto, a grande vantagem da usina de ondas é a produção de energia renovável, sem danos ao meio ambiente. Além disso, o Brasil apresenta condições favoráveis para desenvolver tais tecnologias, como o fato de possuir uma costa extensa (cerca de 8,5 mil km) e grande parte de sua população morando em regiões litorâneas.
Funcionamento
Os custos de uma usina de ondas ainda são maiores que os das hidrelétricas, mas tendem a se reduzir com o desenvolvimento e aprimoramento progressivo da tecnologia. O princípio de funcionamento da desenvolvida pela Coppe possui uma inovação em relação às já implementadas em outros lugares do mundo: o uso de uma câmera hiperbárica, capaz de produzir jatos de água com equivalência superior às quedas das usinas hidrelétricas.
Os custos de uma usina de ondas ainda são maiores que os das hidrelétricas, mas tendem a se reduzir com o desenvolvimento e aprimoramento progressivo da tecnologia. O princípio de funcionamento da desenvolvida pela Coppe possui uma inovação em relação às já implementadas em outros lugares do mundo: o uso de uma câmera hiperbárica, capaz de produzir jatos de água com equivalência superior às quedas das usinas hidrelétricas.
Os pesquisadores do Coppe, que serão responsáveis pelo controle da usina em seus dois primeiros anos de funcionamento, também realizam estudos sobre a possibilidade de implementação de outros projetos em todo o litoral brasileiro, analisando seu potencial energético.