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“Encontro de Corais” promove integração através do canto

Na segunda-feira, dia 30 de outubro, o Salão Dourado do Forum de Ciência e Cultura (FCC) da UFRJ foi palco do “Encontro de Corais”. O evento reuniu grupos de diferentes estilos e faixas etárias, com o objetivo de promover um intercâmbio de experiências e repertórios musicais entre os participantes. O anfitrião do evento, o Coral do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), recebeu os grupos dos Colégios Imaculado Coração de Maria (CICM), Imaculada Conceição (CIC) e ainda o Coral Seresta que tornaram o evento, um fim de tarde musical.

O repertório apresentado foi bastante eclético, reunindo desde Mozart a Ivete Sangalo, passando por Cartola, Villa-Lobos e Pixinguinha. As crianças do CICM cantaram em inglês, espanhol e português. Já os adolescentes do CIC cantaram músicas de estilos variados. O Coral do CCJE levou um repertório diversificado, com canções como “Romaria”. O Coral Seresta fechou o evento com músicas clássicas.

O “Encontro” foi idealizado e organizado por Cristina Canosa, também responsável pela regência do coral do CCJE. “Eu já pensava nesse encontro há algum tempo. Então apresentei uma proposta à decania do CCJE, e depois ao FCC, que cedeu espaço e acolheu a idéia”, explica a organizadora.

Para os regentes, o “Encontro de Corais” é uma ótima oportunidade de sociabilização, integração e de troca de experiências, principalmente musicais. “Este projeto é importante porque o intercâmbio entre as diferentes faixas etárias é sempre algo bom. O canto coral é um dos melhores instrumentos para isso, porque ele por si só integra”, explica Zeca Rodrigues, regente do coral Seresta.

Desafios do canto coral
Porém, para conseguir essa integração é necessário muito esforço para vencer os obstáculos. “O maior desafio em trabalhar com adolescentes é mostrar para eles o que é novo e convencer de que aquilo é bom. É juntar um monte de adolescentes para cantar outros gêneros e eles acharem isso legal”, afirma Valéria Correia, regente do Coral do CIC sobre a dificuldade de trabalhar com jovens.

Entretanto, quem pensa que trabalhar com pessoas mais velhas é mais fácil, se enganou. Segundo Zeca Rodrigues, para trabalhar com a terceira idade é preciso respeitá-los, mas, ao mesmo tempo, é necessário que o regente imponha suas vontades.

Cristina Canosa avalia que não há muita diferença entre reger jovens e idosos. Nos dois casos, o mais difícil é conter a dispersão. “O que muda é a maneira de trabalhar: a resposta da criança é mais rápida, pois possui uma memória mais ágil e melhor; isso facilita na hora de aprender músicas novas ou em outra língua”, explica Canosa.

Diferenças a parte, o canto coral ajuda em muitos aspectos. A formação de um repertório maior e com músicas diferentes das que temos acesso normalmente é unanimidade entre os regentes, ao falarem sobre a importância do canto. O canto também é, para a criança, formação de platéia e socialização. E também é um passatempo. Iracema de Moraes, que canta no Coral do CCJE, explica que “com os filhos criados e casados, a gente acaba ficando meio sozinha. Com o coral, eu conheço outras pessoas, converso e canto. Sou uma cigarra, adoro cantar”.

Os próximos encontros de corais serão realizados nos dias 29 de novembro e 13 de dezembro.