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Memória

O céu mais perto da Terra

Casa da Ciência da UFRJ organiza evento sobre os mistérios do Universo.

No dia 5 de setembro foi inaugurado o ciclo de palestras Astronomia para poetas, que acontece todas as terças-feiras até o dia 31 de outubro, na Casa da Ciência da UFRJ. Em sua segunda edição, o evento faz parte da série Ciência para poetas, cujo objetivo, de acordo com Márcia Regina Pereira, organizadora do projeto, consiste em “levar a um público diverso, em linguagem não especializada, discussões sobre as mais diferentes áreas do conhecimento de forma dinâmica e inovadora”.

No dia 5 de setembro foi inaugurado o ciclo de palestras , que acontece todas as terças-feiras até o dia 31 de outubro, na Casa da Ciência da UFRJ. Em sua segunda edição, o evento faz parte da série , cujo objetivo, de acordo com Márcia Regina Pereira, organizadora do projeto, consiste em “levar a um público diverso, em linguagem não especializada, discussões sobre as mais diferentes áreas do conhecimento de forma dinâmica e inovadora”.Os encontros contarão com a participação de astrônomos, físicos e geólogos renomados nos cenário acadêmico e, também, no de pesquisa, cada qual abordando assuntos de suas respectivas especializações. A programação foi montada por Márcio Maia, pesquisador do Observatório Nacional, que utilizou como critério o grau de interesse da sociedade atual em determinados temas.

Salada mista

A iniciativa chama a atenção do grande público devido à interatividade entre ramos tão distintos do conhecimento humano: a poesia e a ciência, a qual é apresentada com o auxilio da subjetividade e do lirismo, proporcionando compreensão por parte de leigos sem dificuldades. Por isso, o ciclo consegue atingir tanto cientistas e professores quanto estudantes do Ensino Médio, universitários, profissionais liberais e artistas.

A palestra de abertura foi apresentada por Gustavo Porto de Mello, professor da UFRJ e diretor do Observatório do Valongo (OV), a única instituição do país que oferece graduação em Astronomia. Em meio a versos de poetas consagrados, como Fernando Pessoa, alguns mistérios acerca da possível existência de vida em outros planetas foram sendo desvendados. No auditório lotado, os presentes, das mais variadas qualificações e ocupações expunham suas dúvidas e opiniões. Segundo Porto de Mello, isso se mostra possível porque o estudo do cosmos “desperta um interesse que atinge o nível da Filosofia e até, de certa maneira, da Metafísica, por permitir uma conexão real do homem com o Universo”.

Aplicação cotidiana

De fato, fascinante. No entanto, qual seria a importância, por exemplo, da descoberta de um buraco-negro a milhões de anos-luz de distância do Sistema Solar? Quando indagado sobre o aproveitamento de seus estudos no dia-a-dia das pessoas, Porto de Mello assegura que “as ciências ‘puras’, que não levam necessariamente a aplicações tecnológicas imediatas, são importantes na construção na imagem de mundo dos povos modernos”.

Ele considera, ainda, que “o estudo da Astronomia leva a um conhecimento melhor de nosso planeta, o que está modificando o modo de se fazer política em larga escala, como no que diz respeito a questões de manejo de meio ambiente, poluição e mudanças climáticas”. Além disso, ela é essencial para a Astronáutica, para o setor de Telecomunicações, devido ao monitoramento de satélites e para a prospecção de recursos naturais, através da inspeção da superfície terrestre a partir do espaço.

Anteriormente a essa edição do Astronomia para poetas, haviam sido realizados outros 14 ciclos, que lidaram com outras áreas do conhecimento ditas exatas como a Física, a Química e a Matemática, alcançando sempre enorme sucesso. A importância de tal iniciativa reside no fato de que, atualmente, a maior parte dessas ciências experimenta avanços e realiza descobertas constantes nos países em desenvolvimento, como o Brasil, e são imprescindíveis para o crescimento dessas nações e para uma maior autonomia delas em relação às potências mundiais.

No dia 5 de setembro foi inaugurado o ciclo de palestras , que acontece todas as terças-feiras até o dia 31 de outubro, na Casa da Ciência da UFRJ. Em sua segunda edição, o evento faz parte da série , cujo objetivo, de acordo com Márcia Regina Pereira, organizadora do projeto, consiste em “levar a um público diverso, em linguagem não especializada, discussões sobre as mais diferentes áreas do conhecimento de forma dinâmica e inovadora”.