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Laboratório da UFRJ colabora com Parque da Tijuca

 Como parte do projeto, “Água em unidade de conservação: projeto-piloto para a Mata Atlântica” – que tem a coordenação do Instituto Terra Azul -, o Laboratório de Desenvolvimento Analítico (LaDa), do Instituto de Química apresenta, nos dias 1 e 2, das 8 às 17 horas, no Parque Nacional da Tijuca (no “Meu Recanto”, área próxima ao Centro de Convenções), os resultados do trabalho que há pouco mais de um ano vem implantando na área e junto às comunidades do entorno. A administração do Parque da Tijuca, que é uma unidade subordinada ao Ibama (Instituto Brasileiro de Recursos Renováveis, do Ministério do Meio Ambiente), vem se esforçando por corrigir alguns problemas, tais como a deterioração de trechos do encanamento que abastece as fontes de água.

Dividido em cinco linhas de ação – 1) Monitoramento da qualidade da água; 2) Proteção, manejo e reflorestamento; 3) Gestão para sutentabilidade econômica; 4) a- Educação ambiental para gestão comunidade e escola, e b- Formação de conselho consultivo; 5) Comunicação e marketing -, o projeto existe desde 2005 e tem também como parceiro o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase). Desde o seu início, conta com financiamento do Programa Petrobrás Ambiental de cerca de R$ 3 milhões. O Laboratório de Desenvolvimento Analítico (LaDa), por sua vez, é responsável pela primeira delas, executando os testes físico-químicos e microbiológicos nas amostras de água coletadas. No encontro deste final de semana, o Instituto de Química igualmente apresentará parte do acervo do seu Museu, de responsabilidade do prof.Júlio Carlos Afonso, e a oficina “Fábrica de Moléculas”, que é coordenada pelo prof. João Augusto M.G. Mattos.

Segundo o prof. Delmo Vaitsman, coordenador do LaDa, o laboratório conseguiu apontar, neste período, 63 fontes, bicas, locais de banho e outras captações muitas das quais necessitando de reparos e impróprias para o consumo humano. O Ibama, no caso, muito tem se esforçado por recuperá-las. De 2005 para cá, o prof. Vaitsman e seu grupo fizeram 454 coletas de amostras de água e determinaram 6.082 parâmetros indicadores de qualidade.

Muitas ações corretivas surgiram a partir daí e, neste encontro, o LaDa recomendará à comunidade dez ações que ajudarão no trabalho de recuperação da qualidade da água no Parque. São elas: 1) Garantir o fluxo da água nas fontes, bicas, locais de banho e captações; 2) Manutenção preventiva (através de caixas de captação e de areia, tubulação e vazamentos); 3) Reparos na estrutura física das fontes, bicas e locais de banho (substituição de ladrilhos, tubulações, cerâmicas, colocação de bicas, drenagem); 4) Restrição do acesso público ou desvio das trilhas oficiais próximas às captações; 5) Proteção e reposição das matas ciliares às margens dos cursos de água (garantia da recarga natural); 6) Monitoramento permanente da qualidade das águas; 7) Sinalização da qualidade das águas; 8) Limpeza e desinfecção das caixas de água da administração e moradias na Unidade de Conservação e entorno; 9) Controle do acesso de veículos automotores na Unidade de Conservação; e 10) Implantação de sistemas de coleta de esgoto e águas pluviais e residuais na Unidade de Conservação.

O prof. Vaitsman é de opinião que todo o esforço dos parceiros do projeto se propõe a garantir os recursos hídricos do Parque da Tijuca e comunidades do entorno localizadas em plena área urbana da cidade do Rio de Janeiro.