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Campus mais seguro

 Em mais uma etapa do Plano Integrado de Segurança da UFRJ, que vem sendo implementado desde agosto de 2004, a Divisão de Segurança da Prefeitura Universitária (Diseg) passará, a partir do dia 1º de setembro, a fechar dois dos três portões de acesso à Ilha do Fundão, ao tráfego de veículos, aos sábados, domingos e feriados: o do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) e o da Prefeitura. São os mesmos acessos que já são interrompidos nos horários de 23h às 5h30, durante a semana. Portanto, somente o portão de acesso pelo IPPMG ficará, nesse horário, aberto durante os sábados, domingos e feriados. Essa, segundo o professor Hélio de Mattos, prefeito da Cidade Universitária, é mais uma medida adotada para diminuir a incidência de crimes comuns contra pessoas, o furto de automóveis e aumento da segurança.

De acordo com Hélio de Mattos, o aumento de registros de ocorrências era previsto devido a maior facilidade de acesso de comunicação com a Diseg (principalmente através do telefone 2598-1900, divulgado em bunners espalhados estrategicamente em toda a Ilha do Fundão), e também pelo constante patrulhamento efetuado pelas viaturas da Diseg. “Essa nova atitude, aliada a outros procedimentos que estão no Plano de Segurança da UFRJ, gradativamente, dão maior sensação de segurança e confiança na comunidade universitária em relação ao órgão encarregado de sua segurança”, afirma o prefeito.

O aumento do número de registros de furtos de automóveis – 45 de janeiro a junho desse ano – ocorre principalmente em veículos estacionados onde não existe nenhum controle de entrada e saída. “Fica muito difícil para a Vigilância da Diseg e as viaturas da PM saberem que aquela pessoa que entra no veículo é o proprietário ou alguém que está furtando. Hoje em dia, o furto é feito com a utilização de chaves e equipamento que permitem a pessoa abrir a porta com facilidade”, avalia Hélio de Mattos. Os automóveis mais visados são os antigos e os que possuem kit de gás instalado.

A região no entorno da Cidade Universitária é motivo de preocupação, pois no relatório da Diseg enviado ao secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, há conhecimentos de roubo de automóveis sob a ponte da Ilha do Governador, na Linha Vermelha, e na altura do 24º Batalhão de Infantaria Blindada, no acesso Ilha do Fundão/avenida Brasil, direção Santa Cruz. “Os estudos mostram que os furtos são feitos por quadrilhas especializadas e somente com investigação criteriosa do órgão da área, que é a Delegacia de Roubos e Furto de Automóveis (DRFA), será possível diminuir a criminalidade no entorno”, afirma o prefeito.

Além do fechamento de portões, o prefeito informa que as câmeras que estão em fase de teste, também estão ajudando bastante, com o monitoramento, pelo sistema Kapta, dos veículos que trafegam pela Ilha do Fundão. Junto com isso, existe, mais recentemente, um sistema de radiocomunicação ligado diretamente ao 17º BPM. As rondas dos seis veículos da Diseg é outro fator que atenuou bastante as ocorrências no campus, porém, apesar de inibir assaltos e roubo de automóveis, não garante a inibição de furtos.

Hélio de Mattos avalia, baseado em dados e informações estatísticas, que o índice de atos de violência dentro da Ilha do Fundão (abandono de cadáveres, carros queimados e roubo de veículos com seqüestro relâmpago), que eram altos, “passaram a quase zero depois que o Plano Integrado de Segurança foi implantado”. Nos últimos 450 dias, apenas um caso de seqüestro relâmpago foi notificado, informa o prefeito.