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Visagio: da abstração à realidade

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Visagio: da abstração dos modelos matemáticos à realidade

Redes neurais, algoritmos genéticos e simulação podem render bons negócios. Empresa de modelagem matemática formada por jovens engenheiros tem resultado surpreendente: de 5 mil reais de capital inicial para um faturamento de 2,5 milhões e mais de 40 pessoas contratadas em 2006.

Foi o domínio de modelos matemáticos e uma visão empresarial aplicada a eles que transformou cinco jovens engenheiros em executivos bem sucedidos no pouco tempo
que estiveram na Incubadora de Empresas da COPPE/UFRJ.

Foram apenas dois anos para que a Visagio, especializada em otimização de processos para logística, suprimentos e finanças, apresentasse resultados surpreendente: o investimento inicial de 5 mil reais transformou-se em um
faturamento de 2,5 milhões e mais de 40 pessoas foram contratadas para o desenvolvimento de projetos junto a clientes como White Martins, Vale do Rio Doce, Inal, Contax e Ultragaz.

No início, em 2003, havia somente os sócios Caio Fiuza, hoje com 29 anos,Daniel Moreto, 26, Leonardo Machado, 27, Eduardo Saggioro, 27, e Renato Moulin, 26. Eles são engenheiros de produção com formação acadêmica de altíssimo nível – todos são mestres e alguns deles doutores, apesar da pouca idade.

O crescimento da Visagio, que pulou de um faturamento em 2004 da ordem de 500 mil reais para os 2,5 milhões em 2005, deu-se quando os sócios perceberam que tinham competência para o desenvolvimento das das soluções a que chegavam nas simulações matemáticas. “Tínhamos know how para oferecer bem mais ao cliente do que somente a consultoria. Podíamos também executar as soluçoes a que
chegávamos. Aí estava o pulo do gato”, explica Caio Fiúza.

Iniciar a operação da empresa dentro da Incubadora da COPPE também foi um dos motivos de sucesso da empresa, segundo o engenheiro. “Além da rede de relacionamento à qual tivemos acesso via Incubadora, fomos preparados para ser uma empresa com vivência dentro das regras do mercado. Aprendemos a pensar como empresários e a ser competitivos. Assim, crescemos com nossos erros nesses dois anos, sob orientação de profissionais aos quais jamais teríamos acesso fora de uma incubadora”, diz Caio.

Sucesso começou na Itália

O primeiro caso de sucesso da Visagio se deu em 2004, quando a empresa desenvolveu um complexo modelo de gestão da Produção e Controle via web para a AEFFE, a gigante da indústria da moda na Itália. O grupo possui marcas como
Moschino, Jean Paul Gaultier, Alberta Ferretti, entre outras.

O trabalho da Visagio foi encontrar um modelo de otimização – denominado SCO(Supply Chain Optimizer) -, que fizesse o planejamento da complexa cadeia produtiva da AEFFE de forma rápida e eficiente. Com mais de 5 milhões de
variáveis de decisão – como mais de 200 fornecedores em países diferentes como Itália, França, Hungria e Índia, responsáveis pela confecção de 8 mil peças/mês, por exemplo – os engenheiros da Visagio encontraram a solução depois de um ano de trabalho.