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Solenidade homenageia Wanderley de Souza

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O professor Wanderley de Souza, secretário de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro foi homenageado pelo Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ por sua conquista ao prêmio Conrado Wessel. A cerimônia. ocorreu na sexta feira, 7, no auditório Hélio Fraga, no Centro de Ciências da Saúde (CCS), e contou com a presença de professores e diretores de unidades do CCS, além do vice-presidente da Academia Brasileira de Ciência, professor Jacob Palis Junior.

O prêmio, fruto do jovem empreendedor – Conrado Wessel – que tinha como sonho produzir papel fotográfico de qualidade serviu, inicialmente, para premiar professores, alunos e escolas do ensino básico de São Paulo. Nos anos seguintes a primeira premiação, destacados homens da vida universitária literária e científica começaram a receber o prêmio, como o secretário Wanderley de Souza.

O professor Vivaldo de Moura Neto, do Programa de Biologia Molecular da UFRJ, falou sobre a carreira e o crescimento profissional do secretário. “Wanderley marcou sua carreira com muitas honrarias. Ele é membro das academias de Medicina e de Ciências, foi professor de Glasgow, o primeiro reitor da UENF, além de reitor pro tempori do recém instalado Centro Universitário Tecnológico na Zona Oeste do Rio de Janeiro – UEZO”.

O prêmio que irá receber formalmente em junho, no Museu de Arte de São Paulo, o MASP, segundo Wanderley, é resultado do trabalho de muitas pessoas e, por isso, é um “prêmio geral”.

Novo projeto

O secretário falou sobre seu novo projeto, o Centro Universitário Tecnológico na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que leva o nome de UEZO e teve suas aulas iniciadas há um mês,estando ainda em fase de estruturação. “Por que mais uma instituição universitária no Rio de Janeiro?”, perguntou-se o professor, antes de explicar com números que,a necessidade de ensino superior no país é muito clara. Há no Brasil apenas 9% dos jovens no ensino superior. Enquanto nos países desenvolvidos, esse percentual gira em torno de 50 a 60%”, lembrou. Wanderley ainda mencionou o fato de 70% dos jovens brasileiro que estão cursando universidades serem de instituições privadas que, na maioria das vezes, fazem cursos que não são o que o país mais necessita para se desenvolver econômico e socialmente”.

Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia, o custo para manter um curso da área tecnológica é alto e não compensa para as instituições privadas manter estes tipos de cursos. “A criação de cursos tecnológicos pelos municípios, como o que está ocorrendo na Zona Oeste do Rio de Janeiro, ajuda, e muito, no equilíbrio econômico entre interior e capital, pois os pólos econômicos que existem em cidades como Friburgo (moda íntima), ou Campos dos Goytacases (petróleo), por exemplo, precisam de mão-de-obra especializada para crescerem. As empresas estão investindo muito no Rio de Janeiro, impulsionando assim o aumento de vagas de emprego e, conseqüentemente, a necessidade de instituições que formem os profissionais”, alertou.

Wanderley de Souza enumera ainda universidades e centros de formação técnica, como a FAETEC, que em 1998 tinha 15 unidades, e hoje conta com 135 espalhadas pelos municípios, tendo taxa de empregabilidade de cerca de 80%. Ele ainda falou da UENF e CEDERJ, que cresceram muito nos últimos anos. “Universidades como a UFRJ, UFF, tinham resistência em criar tecnólogos, assim como o CEFET, mas o mercado precisa desses profissionais. Assim, ano passado analisamos a Zona Oeste e vimos a importância dessa área. Houve a aprovação do projeto pela governadora Rosinha Matheus e conseguimos local para a universidade, que está no Instituto Sarah Kubicheck, em Campo Grande.”, explicou o secretário.

A UEZO conta com vários cursos na área técnica, entre eles produção em siderurgia, em polímeros, em construção naval, em fármacos, em biotecnologia e tecnologias de informação. Os alunos, que iniciam o curso no ciclo básico, só escolhem o que irão seguir no terceiro período, quando já conhecem as áreas e têm condições para decidir o que querem. O último ano é feito em empresas e universidades, entre elas a UFRJ, graças a um convênio que a UEZO fez , disse o professor Wanderley. “Por exemplo, alunos de produção em polímeros poderão fazer a parte final do curso no Instituto de Macromoléculas da UFRJ, vendo no dia-a-dia, e antes de se formarem, como é a prática”, falou.