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Entrevista coletiva sobre problemas no IPPMG

Em entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta (11/11), na Reitoria da UFRJ, a vice-reitora, Sylvia Vargas, o diretor do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), Antônio Ledo, e a chefe da emergência do hospital, Lúcia Araújo, prestaram esclarecimentos sobre a suspeita de que um funcionário da equipe de emergência teria utilizado medicação inadequada em crianças internadas.

agencia2280T.jpgEm entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta (11/11), na Reitoria da UFRJ, a vice-reitora, Sylvia Vargas, o diretor do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), Antônio Ledo, e a chefe da emergência do hospital, Lúcia Araújo, prestaram esclarecimentos sobre a suspeita de que um funcionário da equipe de emergência teria utilizado medicação inadequada em crianças internadas. A suspeita surgiu porque foi observado um aumento do número de casos de parada respiratória nos plantões em que um determinado técnico de enfermagem atuava.

Após a piora do quadro clínico das crianças, o técnico alertava aos demais membros da equipe para socorrer as crianças que entravam em estado de depressão respiratória.

Através de uma averiguação junto à equipe de plantão, realizada na terça-feira, dia 8 , foram encontrados com o suspeito, medicamentos utilizados habitualmente em casos de emergência. Alguns deles, quando utilizados em quantidade superior à adequada, provocam sonolência e parada respiratória.

– A utilização de qualquer medicação de uso controlado é rigorosamente registrada. Descobrimos que ele estava com medicamentos que não haviam sido retirados da farmácia do Instituto – revelou Lúcia Araújo, na coletiva.

Imediatamente à averiguação, a direção do Instituto contatou a Reitoria e juntos decidiram acionar as autoridades policiaispara iniciar investigações.

Por se tratar de um funcionário público concursado, Diretoria do IPPMG formou, também, uma comissão de sindicância para apuração interna dos fatos.

A Polícia Federal solicitou que a investigação se mantivesse em sigilo, até o momento da prisão do suspeito, efetuada na manhã de sexta –feira , dia 11 , em sua residência.

A vice-reitora Sylvia Vargas ressaltou a rapidez com que foram identificadas as ações suspeitas e a diligência com que foram notificados o Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Conselho Regional de Enfermagem (COREN), bem como os hospitais Miguel Couto e Albert Schweitzer, nos quais o técnico também trabalha.

Dentre outras providências, o IPPMG organizou uma Comissão de Acolhimento das Famílias, para esclarecimento e apoio necessários, reforçou a Comissão de Óbitos, para avaliação mais detalhada dos prontuários – com a finalidade de auxiliar as investigações – e reuniu o corpo social da Instituição para dar ciência dos fatos e medidas adotadas.