Para proporcionar maior infraestrutura de segurança e sensação de bem estar aos freqüentadores da Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, a Prefeitura Universitária vem implementando, desde agosto de 2004, o Projeto Integrado de Segurança e Ambientação no Campus da Cidade Universitária, com medidas voltadas para a segurança pública, iluminação, transportes, sinalização do tráfego e mobiliário urbano. O Projeto dá continuidade a uma série de medidas emergenciais, implementadas no mesmo ano em resposta ao número significativo de incidentes no campus da UFRJ, sendo um desdobramento de um plano elaborado pela Comissão de Segurança da UFRJ, presidida pela Vice-reitora Sylvia Vargas.
“Todas as ações que nós listamos e estudamos desde setembro de 2003, em reuniões periódicas da Comissão estão sendo implementadas”, ressalta a professora Sylvia.
Mesmo com o programa em estado inicial de implementação, as estatísticas já mostram resultados expressivos no fim de 2005, se comparado ao ano passado. O número de ocorrências como roubos, incêndios e acidentes de trânsito diminuíram, refletindo a melhoria nas condições de monitoramento do Fundão através da DISEG (Divisão de Segurança), que conta atualmente com comunicação via rádio (wireless), seis novos veículos para ronda e uma linha emergencial exclusiva para contato (2598-1900).
“Sem dúvida, os novos carros de monitoramento têm grande serventia na fiscalização constante da Cidade Universitária. Além disso, estamos treinando novos vigilantes terceirizados para atuar na vigilância das entradas e saídas do Fundão, protegidos por três guaritas de aço blindado que estão em fase final de construção”, disse Augusto Barbosa dos Santos, vigilante da DISEG. Segundo Barbosa, a fiscalização do campus é realizada 24 horas por dia e integrada aos 17º e 22º Batalhões da Polícia Militar, para garantir que todos os funcionários, alunos e professores da UFRJ sintam-se mais seguros.
O prefeito da UFRJ, Hélio de Mattos Alves, em entrevista ao Olhar Virtual, explicou os dois novos sistemas de registro viário que serão instalados próximos às guaritas de vigilância e trabalharão em conjunto pela segurança dos integrantes da Universidade: o SAPROS (Sistema de Apoio ao Programa de Segurança) e o KAPTA (Sistema de Reconhecimento Automático de Placas de Veículos Automotores). “Integrados de forma a criar um banco de dados com os registros de todas as placas de automóveis que circulam dentro do campus, esses sistemas serão de grande serventia para a DISEG e os vigilantes terceirizados. Enquanto o KAPTA – desenvolvido pelo Instituto de Matemática – fotografa e digitaliza as placas em questão de milisegundos, o SAPROS – desenvolvido pelo NCE (Núcleo de Computação Eletrônica) – mantêm um banco de placas registradas para reconhecimento dos carros que estão circulando pelo Fundão”, disse o prefeito.
Outra medida de segurança será o fechamento diário, após as 23 horas, de duas das três vias de acesso ao Fundão – as entradas próximas ao CT (Centro de Tecnologia) e à Prefeitura – já que as Unidades da UFRJ já teriam encerrado suas atividades nesse horário. A entrada do IPPMG (Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira) permanecerá aberta e continuará sendo monitorada pelos vigilantes.
Para aperfeiçoar a vigilância no campus, o prefeito também afirmou já estarem planejadas as instalações de 17 câmeras do tipo DOMO ao longo da Cidade Universitária, além da intenção de se criar um sistema de crachás – contendo dados pessoais como o nome completo e o CPF – para todos os professores, alunos e técnicos-administrativos da UFRJ, de forma a facilitar a identificação pela DISEG e monitorar o fluxo de pessoas diariamente. “Não queremos restringir o fluxo de pessoas na UFRJ, apenas monitorá-lo”, declarou Hélio.
A implantação do uso de crachás desenvolvido pela prefeitura Universitária (PU) será gradativa. A PU foi uma das primeiras unidades a utilizar o dispositivo. O próximo a adotar a medida será o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG). A implantação de catracas nas unidades ficará a critério da direção de cada uma delas. Os custos dos crachás, inicialmente, serão financiados pela Reitoria da UFRJ.
Com 3.367 veículos cadastrados no SAPROS em apenas 10 semanas de coleta de dados, espera-se que esse número ainda aumente muito, já que são estimados pela Prefeitura Universitária cerca de 25.000 automóveis que circulam diariamente pelo Fundão. A previsão de conclusão de todas as frentes de cadastro e monitoramento é para o fim de 2005, permitindo que os calouros do ano que vem já possam desfrutar de um campus mais seguro.