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Por dentro da Semana de Ciência e Tecnologia

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agencia2230T.jpgOs primeiros dois dias da II Semana Nacional de Ciência e Tecnologia da UFRJ foram marcados pela presença de inúmeras excursões escolares, que foram convidadas a conhecer as diversas oficinas e atividades recreativas do evento. Nada impediu, é claro, que adolescentes e adultos também entrassem na brincadeira. Todos os Espaços começaram suas atividades às 9 horas, e já à tarde havia pessoas subindo no muro de escalada e assistindo à TV Pinel.

Logo na entrada, o que mais chama a atenção do público é o planetário inflável do Observatório do Valongo, no qual são oferecidas sessões – de meia em meia hora – com projeções das estrelas e aulas de orientação sobre as principais constelações. “É uma apresentação bem didática e divertida, ao mesmo tempo”, disse Eliane Rocha, estudante da Faculdade de Letras (FL). “É interessante, pois não se limita a apresentar apenas o nome das constelações, também nos mostra as representações dos símbolos poéticos nas estrelas”, opinou Thiago Carneiro, também estudante da FL, se referindo à simbologia das constelações zodiacais, como as de Andrômeda, Pégasus e Unicórnio (ou Monoceros). O planetário faz parte do Espaço Estava Escrito nas Estrelas, uma oportunidade para o Observatório do Valongo mostrar ao público um pouco do que se ensina em aulas de Astronomia.

Ao lado do planetário inflável, em uma sala à parte, acontecem oficinas de teatro ministradas pelos alunos do Curso de Direção Teatral da Escola de Comunicação, com atividades introdutórias ao teatro que visam o desenvolvimento da criatividade, da noção de conjunto e da capacidade de comunicação de seus participantes. A sala pertence ao Espaço Arte Em Movimento, que integra a Escola de Comunicação, a Casa da Ciência e a Assessoria de Comunicação da UFRJ, visando criar um espaço de laboratório cultural e corporal aos participantes do evento.

A alguns metros de distância, fora da sala de teatro, se encontra um estande da Escola de Enfermagem Anna Nery representando uma parceria entre a UFRJ e a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) na área de saúde infantil, com dicas de como tratar crianças com anomalias congênitas que exigem intervenções cirúrgicas, como a ostomia, uma operação necessária quando existem problemas sérios no intestino e é necessário construir um novo caminho para a saída das fezes ou da urina para o exterior.

Próximo a esse estande, estavam também alguns ambientes de outras unidades da UFRJ: o espaço “psy”, criado pelo Instituto de Psicologia para apresentar oficinas de avaliação de stress e algumas atividades da Divisão de Psicologia Aplicada, um departamento que oferece atendimento psicológico à população; o espaço da TV Pinel, que possibilita aos participantes do evento alugar alguns vídeos da programação da emissora; e o espaço do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), com maquetes ilustrativas sobre a necessidade de se manter uma boa alimentação e livrar a casa dos ácaros.

Todos esses ambientes, juntos com as sessões de Musicoterapia que acontecem na parte externa da tenda do evento, integram o Espaço Saúde, com a intenção de promover a qualidade de vida e a pesquisa científica realizada na área através da Universidade.

Perto dali, o Espaço Descubra e Divirta-se contou com duas iniciativas diferentes. A exposição “Descubra e Divirta-se”, da Casa da Ciência da UFRJ, articulou seu espaço em torno da proposta de ensinar conceitos físicos na prática, usando uma grande câmara escura, uma bola de metal que deixa os cabelos em pé, tubos que atrasam a voz e causam eco, além de outros aparatos que divertiram os que passavam por lá, contando com alguns instrutores para explicar cientificamente cada atividade. Já o espaço da Empresa Junior, orientado por alunos da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, procurou incentivar iniciativas empresariais de pequeno e médio porte, citando os quatro maiores exemplos de empresas júnior na UFRJ: a AYRA, o FLUXO, a EJCM e a INSIGHT.

Por sua vez, o Espaço BIOGEO Diversidade, integrando os institutos de Biologia e Geologia, contou com dinâmicas e jogos que discutiram a relação do homem com os ecossistemas, além da confecção em gesso de réplicas de seres vivos e outras atividades. Seguindo a mesma linha ecológica, o Espaço COPPE, com a temática “Água: desafios e potencialidades”, mostrou alguns vídeos sobre projetos do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia relacionados aos desafios tecnológicos envolvendo a água e suas diferentes aplicações.

O Espaço Química, que juntou o Instituto de Química e a Escola de Química, teve explicações sobre o Luminol (substância que permite desvendar manchas de sangue escondidas em locais sob suspeita de crime), confecção de peças de vidro, oficinas de apresentação da estrutura das moléculas ao público, dentre outras iniciativas.

O Espaço Bibliotecas, Letras e Artes, unindo o Sistema de Bibliotecas e Informação (SIBI), a Escola de Belas Artes e a Faculdade de Letras, proporcionou aos participantes a chance de se expressarem com desenhos em giz de cera, oficinas de leitura, recitais de poesia e outras atividades para crianças, com a promessa de muitas outras para os dias seguintes, como as oficinas de grafite, aquarela e escultura em argila.

Com apenas dois dias de evento, a II Semana Nacional parece ter conquistado seu público alvo: todos. No próximo relato, falaremos um pouco mais da área externa do evento, levando em consideração novas atividades e oficinas que forem surgindo a cada dia no campus da Praia Vermelha.