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A felizarda desta vez foi a Faculdade Medicina

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agencia2151T.jpgA agraciada da última reitoria itinerante, realizada no dia 18 de agosto, foi a Faculdade de Medicina. Com início às 9 horas, a reunião abordou questões referentes aos problemas enfrentados pela faculdade e as outras escolas que dela fazem parte. Estiveram no evento o Reitor Aloísio Teixeira, a Vice-reitora, Sylvia Vargas, o diretor da faculdade, Almir Valladares, o coordenador de pós-graduação, Mario Vaissman, o prefeito da cidade universitária, Hélio Mattos, a diretora adjunta de graduação, Ana Borralho, os coordenadores dos cursos de fisioterapia e fonoaudiologia, Marcos Rebel e Leila Nagib, respectivamente, entre outros.
O coordenador da pós-graduação, Mario Vaissman, afirmou ser extremamente favorável esse tipo de encontro, pois torna possível esclarecer tudo o que ocorre dentro de um instituto. Mario apontou as dificuldades enfrentadas pela pós-graduação em cardiologia, que, segundo ele, do jeito que está, não pode ficar. Almir Valladares, diretor da faculdade, assegurou que o programa será discutido dentro das possibilidades.
Foi levantado, também, pelo coordenador, a questão dos professores não possuírem perfil de pesquisador: “Essa situação é praticamente um nó na medicina. Os grandes professores não apresentam perfil de pesquisador. Logo, ficam impossibilitados de ascender na profissão”, disse. Mário citou como uma das soluções a CIC (Comissão de Investigação Científica), realizada no Hospital Universitário, que vem representando uma interação muito promissora na área de pesquisa.
A diretora adjunta de graduação, Ana Borralho, defendeu a necessidade de se fazer, urgentemente, novos concursos para professor adjunto, pois a faculdade precisa de profissionais para atuar na área da graduação. “Boa parte dos nossos professores, estão se recusando a dar aula para a graduação. E isso compromete bastante o andamento do curso”, afirmou. Vera Halfon, professora da faculdade, apontou a seguinte solução: “É necessário fazer barulho para reverter essa separação, pesquisador/médico/docente, dentro da universidade”.
Além disso, a diretora Ana criticou a junção da pós-graduação Lato Sensu com a residência médica. “A residência é praticamente uma extensão da graduação. Essa mistura está criando confusão na hora de fornecer o diploma para os alunos”, concluiu. A contestação foi fortemente abraçada pelo reitor, Aloísio Teixeira, que completou dizendo ser um absurdo separar a residência, já que é parte indissociável a formação de médico.
Os coordenadores dos cursos de Fisioterapia e fonoaudiologia, Marcos Rebel e Leila Nagib, tiveram queixas semelhantes. Ambos reclamaram da falta de profissionais para atuar na graduação, e da ausência de salas de aula. “Na ata de criação do curso exigia-se 42 profissionais. Hoje, nós estamos sobrevivendo com 11, sendo 7 substitutos” – desabafou Marcos.
Com relação a situação de separação dentro da carreira, citada pela professora Vera, Luiz Felipe da Silva, professor e médico, se posicionou a favor. Segundo Felipe, essa relação de hierárquica desfavorece o profissional que trabalha diretamente no ambulatório e como docente. “Num concurso público, qualquer um que tenha o mínimo de produção científica, derruba o outro que tem enorme experiência ambulatorial e zero de pesquisa”, disse.
Após ouvir pacientemente todas as objeções, o Reitor falou da importância de atividades como essa, e concluiu da seguinte forma:
— Apesar de todas as dificuldades, nós estamos investindo nesta universidade. Só no programa de bolsas são mais de 8 milhões. Aos coordenadores dos cursos de Fisioterapia e Fonoaudiologia, eu peço a ajuda de vocês para juntos podermos resolver os problemas. O que puder ser feito, será. Mas existem certas coisas como, por exemplo, aumento salarial, números de vagas para docente; que não se determina numa reunião administrativa”.