O laboratório de Etnomusicologia promove, nos dias 17 e 18 de agosto, o seminário, “Música, cidadania e políticas públicas: perspectivas recentes no Brasil”, como parte do ciclo “Música em debate”. Na abertura, que será na sala da Congregação da Escola de Música (rua do Passeio, 98), a diretora do Centro de Música da Funarte (Cemus), Ana de Holanda, falará, às 18h30, sobre “A criação da Câmara Setorial de Música no Ministério da Cultura (2005): novos desafios para a cidadania no Brasil”. A diretora vai abordar a questão dos mecanismos de representação dos músicos nas suas instâncias legais, os direitos autorais e a Ecad, e, também, os recursos orçamentários para o MinC – atualmente calculados em menos de 0,18%, e que estão sendo pleiteados para 2%. O professor Samuel de Araújo, chefe do laboratório de Etnomusicologia, atuará como mediador.
Na quinta-feira o debate, que terá início às 10 horas, vai contar com a participação dos professores Idélber Avelar, da Universidade de Tulane (EUA), e Edmundo Pereira, do Museu Nacional/UFRJ e da Associação Cultural Caburé. O primeiro falará sobre “De Chico Science a berimbrown: mangue beat e blacktitude mineira, pensando a nação e a cidadania”, e o segundo discutirá as “Tradições orais, pesquisa e criação de parâmetros para implementação de políticas públicas: reflexões a partir do fandango paranaense”. Esse debate terá como mediadora a professora Marianne Zeh, do laboratório de Etnomusicologia.
A primeira versão do ciclo “Música em debate” ocorreu em 2002, por iniciativa dos alunos da Pós-Graduação da Escola de Música. Desde então, a escola procurou discutir a importância da música em todos os seus aspectos – simbólicos, econômicos, sociais e humanos -, e o valor de cada manifestação específica. Agora, neste seu quinto ano consecutivo, a discussão vai tentar lançar novas luzes para o lugar da música e da construção da cidadania nas políticas culturais a partir de experiências recentes no Brasil. O simpósio tem o apoio do Colégio Brasileiro de Altos Estudos da UFRJ.