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IPPMG sediou debate sobre perdas

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agencia2117T.jpg“As nossas muitas perdas”. Este foi o tema da palestra que aconteceu no último dia 4 de agosto, no anfiteatro nobre do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG). O encontro contou com as palestrantes Lina Rosa Nunes Morais, do serviço de Psicologia Médica e Saúde Mental do Hospital Universitário da UFRJ e Giselane Salamonde, anestesista responsável pela clínica da Dor e Cuidados Paliativos do IPPMG.
“A perda da saúde, da harmonia familiar, da escola, da rotina, e da própria imagem. Estas são algumas das muitas perdas com as quais uma criança doente tem que lidar”, afirmou Lina Morais. Segundo a doutora, a desestruturação familiar é o primeiro sintoma que deve ser observado pelo médico. “Cabe a ele auxiliá-los a encontrar a ordem, regulamentar suas relações”, comentou.
A culpa sentida pela mãe da criança e o ciúme dos irmãos foram outros assuntos debatidos pelos médicos presentes. Estes evidenciaram também que são muito cobrados por uma postura historicamente estabelecida de que são detentores do conhecimento técnico e científico, ao mesmo tempo em que não conseguem desenvolver o cuidado humano da melhor forma possível.
Giselane Salamonde destacou a dúvida sobre até que ponto o médico deve ir e através de exemplos, vivenciados no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, argumentou que a equipe médica deve oferecer qualidade de vida para a criança e sua família.
Lina Morais concluiu que “reconstruir a harmonia e levar a esperança podem amenizar o sofrimento. Evitá-lo é impossível, pois é uma condição humana”.