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Memória

Antes da primavera

Aproximadamente no dia 23 de setembro de cada ano, os raios solares aumentam sua incidência sobre os países do hemisfério sul. Inicia-se o fenômeno chamado equinócio, determinando a chegada da primavera no Brasil. A primavera, estação na qual as flores revelam sua máxima cor e exuberância, é o prazo esperado para o término da renovação do projeto paisagístico do campus do Fundão, realizado pelo Horto da Prefeitura da Cidade Universitária.

agencia2032T.jpgHorto da Prefeitura pretende renovar o projeto paisagístico da Cidade Universitária até o mês de setembro

Aproximadamente no dia 23 de setembro de cada ano, os raios solares aumentam sua incidência sobre os países do hemisfério sul. Neste ponto, inicia-se o fenômeno chamado equinócio, determinando a chegada da primavera no Brasil. A primavera, estação na qual as flores revelam sua máxima cor e exuberância, é o prazo esperado para o término da renovação do projeto paisagístico do campus do Fundão, realizado pelo Horto da Prefeitura da Cidade Universitária, responsável pela compra ou coleta de sementes e pelo plantio e cultivo da cobertura vegetal da Ilha do Fundão.

O Fundão é uma ilha artificial surgida a partir da interligação de oito ilhas (Cabras, Pindaí do Ferreira, Pindaí do França, Baiacu, Fundão, Catalão, Bom Jesus e Sapucaia), realizada entre os anos 1949 e 1952, dando origem a uma superfície única de 4,8 milhões de metros quadrados. Sua malha urbana e os complexos arquitetônicos correspondem a apenas 30% dessa área. “As sementes utilizadas em nossos projetos e jardins são geralmente coletadas no próprio campus, na área do Catalão”, disse a paisagista Beatriz Emilião Araújo, diretora do Horto e responsável pela coordenação do projeto, referindo-se ao Parque do Catalão, constituído por uma vegetação de 17 hectares de Mata Atlântica e 120 espécies diferentes de arbóreas. “Depois que as mudas crescem cerca de 20 centímetros, colocamos as plantas em áreas de sombreamento, para depois transferí-las para áreas de incidência direta do sol. Após adquirirem cerca de 2 metros, nós as plantamos”, afirmou.

Criado em 1989, o Horto da Prefeitura da UFRJ caracteriza-se como um centro de referência de tratamento paisagístico, arborização de espaços vazios e manutenção de áreas já tratadas. Contando com o auxílio dos estagiários Rafael Ribeiro Mendes e Fernanda Fonseca Sarruf em seu planejamento, além de sete novos funcionários contratados para a confecção dos jardins, a renovação do Fundão representa a intenção do prefeito Hélio de Mattos Alves de tornar a Cidade Universitária um local mais agradável e convidativo para seus freqüentadores. “Tudo isso faz parte de um conjunto de iniciativas da Prefeitura em prol da melhoria da qualidade de vida no Fundão, com renovação paisagística, melhoria na iluminação do campus, investimentos em segurança, entre outras medidas”, disse o prefeito.

Com uma produção de mais de quatro mil mudas por mês, o Horto conta com um rico acervo de espécies vegetais. As espécies direcionadas à arborização das unidades são de Mata Atlântica, enquanto as mais exóticas são utilizadas para o paisagismo de regiões de destaque. Espécies como a Cuphea gracilis e a Alternanthera ficoidea, respectivamente chamadas de “Érica” e “Piriquitinho”, são exemplos de flores capazes de embelezar o ambiente universitário e resistir a maiores períodos sem rega. Também são confeccionados vasos ornamentais em estufas de climatização, que futuramente serão utilizados em eventos especiais pela Cidade Universitária, promovendo o convívio comunitário entre os estudantes e levando a natureza para mais perto da UFRJ.