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Bandejão em andamento

Alunos, professores e funcionários da UFRJ tiveram suas expectativas atendidas nessa sexta-feira, dia 10 de junho de 2005. Em audiência pública, o reitor Aloísio Teixeira confirmou a implantação de um novo restaurante universitário no campus do Fundão.

agencia1994T.gifEstá em discussão o projeto de um novo
restaurante universitário na UFRJ

Alunos, professores e funcionários da Universidade Federal do Rio de Janeiro tiveram suas expectativas atendidas nessa sexta-feira, dia 10 de junho de 2005. Em audiência pública, o reitor Aloísio Teixeira confirmou a implantação de um novo restaurante universitário, popularmente chamado de bandejão, no campus da Cidade Universitária. Desde sua inauguração, a UFRJ já teve dez bandejões, que foram gradualmente desmontados devido aos cortes de verbas para a educação adotados pelas políticas públicas dos governos de Fernando Collor e Itamar Franco, cujas administrações substituíram os restaurantes por bolsas de auxílio-alimentação, extintas ao longo do tempo.

A iniciativa de implantação de um novo restaurante foi baseada em um estudo preliminar, ainda em discussão, organizado pelo Escritório Técnico da Universidade (ETU), através de uma extensa pesquisa realizada pela Comissão Executiva de Implementação de Restaurantes Universitários, que levou em conta fatores como a possível localização do estabelecimento, seu projeto de arquitetura, iniciativas de patrocínio, entre outros. “Já contamos com o apoio do Banco do Brasil, porém ainda precisamos elaborar um projeto básico executivo de arquitetura”, disse Maria Ângela Dias, integrante do ETU.

Durante a audiência, a assessora de assuntos institucionais da Pró-reitoria de Extensão (PR-5), Selene Alves Maia, afirmou acreditar que o grande diferencial dessa iniciativa é a colaboração do Instituto de Nutrição Josué de Castro. “Temos que pensar longe. Por isso, as participações do ETU e do Instituto de Nutrição foram um grande diferencial”, afirmou. “Além disso, a proposta possui três pilares: a instalação de uma cozinha industrial centralizada no Fundão (com a previsão de três mil refeições servidas por dia), a consideração de propostas orçamentárias concernentes aos equipamentos para a efetivação da cozinha, e a formulação de uma proposta acadêmica do Instituto de Nutrição para os restaurantes”.

Também defensora do planejamento de atividades acadêmicas efetivadas no bandejão, a nutricionista e integrante da Comissão Executiva, Lucia Andrade, propôs a delimitação de espaços no próprio estabelecimento para a realização de tais atividades. “Na medida em que pensamos em um espaço também para atividades de pesquisa, extensão e acadêmicas, espaços como um Laboratório Dietético e um Ambulatório são perfeitamente possíveis e necessários”, disse a professora, que afirmou se sentir honrada em poder participar do projeto, já que, como ex-aluna da UFRJ, pôde desfrutar dos bandejões em sua época de estudante.

Segundo Lúcia Andrade, foram feitas reuniões com alguns representantes dos alunos de graduação da Universidade para discutir os preços das refeições, que afirmaram ser contra valores que ultrapassassem a quantia de R$ 1,00. Além disso, várias empresas foram consultadas para estipular qual seria o orçamento necessário para disponibilizar as refeições.

Um ponto de discordância na reunião ocorreu em relação aos horários de distribuição das refeições. Enquanto o ETU propôs a distribuição entre as 11h e 14h30min, a aluna Ana Carla Barbosa, integrante do Centro Acadêmico de Geografia e representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), defendeu uma distribuição que beneficiasse também os estudantes do turno da noite. “Reafirmamos a proposta dos estudantes de que o bandejão seja subsidiado pelo próprio orçamento da Universidade. Queremos o início imediato das obras de construção do estabelecimento e exigimos disponibilidade de refeições para o turno da noite e do alojamento”, declarou.

O diretor de projetos do ETU, Alexandre Martins, apontou para a dificuldade de se decidir qual será o local ideal para a instalação do restaurante, o que dificulta o início das obras. “Após alguns estudos técnicos, verificamos a inadequação da área antes prevista para o bandejão, no estacionamento de barcos ao lado da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD), devido à pequena possibilidade de ampliação e à dificuldade de acesso ao local. No momento, estudamos a possibilidade de construção do bandejão próximo ao Centro de Ciências da Saúde, ao lado da EEFD”.

O reitor Aloísio Teixeira afirmou não poder estipular uma data exata de previsão para o início das obras no momento. “Para que o bandejão se torne um restaurante de sucesso, que consiga atender de forma digna a todos os seus usuários, é preciso discutir a fundo todas as propostas existentes, para que não terminemos desperdiçando uma oportunidade única”, disse Aloísio.

Veja aqui a possível localização do bandejão.