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Diretoria do DCE assume com críticas à reforma

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agencia1905T.jpgNum clima de muita alegria foi empossada ontem a nova diretoria do DCE Mário Prata, da UFRJ. A cerimônia aconteceu no auditório Moniz Aragão, do Forum de Ciência e Cultura, no Campus da Praia Vermelha. Estiveram presentes a vice-reitora Sylvia Vargas, a Professora Sara Granemman, presidente do ADUFRJ/SSIND e um conselho formado por 14 Centros Acadêmicos (C.As) que assinaram a ata de posse. Nos próximos dias serão definidos os 30 cargos dentro da mesa diretora do DCE, obedecendo ao critério da proporcionalidade observado nas urnas: 18 membros da chapa vencedora, “Não vou me adaptar”; seis da segunda colocada, “Quem vem com tudo não cansa”; cinco da terceira colocada, “Na pressão pelas mudanças” e um da quarta colocada, “A hora é essa”.
A vice-reitora Sylvia Vargas discursou sobre a importância do movimento estudantil para a Universidade e falou de sua alegria sobre a retomada que vem acontecendo. Citou também a lisura e democracia de todo o processo eleitoral. Já a professora Sara Granemman disse que a ADUFRJ apóia a nova diretoria e, principalmente, suas lutas como a oposição à reforma universitária. Os membros dos 14 CAs presentes também falaram de suas impressões sobre o processo eleitoral e dos anseios para a próxima gestão que se iniciou ontem. Segundo Laura Abrantes, do Centro Acadêmico de Comunicação Social (CAECO), foi uma eleição muito difícil e que valoriza ainda mais o seu resultado.
“Havia uma anti-campanha. Falaram muitas coisas, que tinham irregularidades, mas no final conseguimos superar o quorum e vencer com maioria absoluta. As duas chapas vencedoras tinham a mesma bandeira e conseguiram juntas 80% dos votos. Foi uma grande vitória”, afirmou.
Para Carlos Leal, da chapa segunda colocada, o maior desafio do DCE se concentra na reorganização do movimento estudantil a nível nacional.
“Deve ser uma reorganização pela base para reverter a situação crítica da UFRJ e das outras federais. É preciso uma ruptura com a UNE e o fortalecimento da CONLUTE (Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes)”, diz.
Para Thiago Santos, de Ciências Sociais, que presidiu a mesa na posse de ontem, a eleição veio num momento muito oportuno de enfrentamento da comunidade acadêmica com o governo Lula.
“Essa gestão do DCE vai ter o desafio de, junto com outros DCEs e movimentos sociais organizados, estar fazendo um enfrentamento ao governo para derrotá-lo e às reformas neoliberais que vem aplicando ao país”, afirmou.
Sobre a oposição à reforma universitária, maior bandeira da nova gestão do DCE Mário Prata, Thiago disse que a reeleição do grupo vem para aperfeiçoar o que já vinha sendo durante o último ano.
“Na última gestão, as duas calouradas tiveram como eixo central a reforma universitária, com debates em todas as unidades e idas às salas. Nossos dois jornais também falaram sobre o tema. Agora iremos aprofundar tudo isso. Estamos planejando novas calouradas sobre a reforma e congressos internos para abrir o debate. A proposta das chapas vencedoras é a ruptura com a UNE, como já fizeram o ENECOS (Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação), os DCEs da UNIOESTE e da UFG e vários CAs da UFRJ. A intenção é conscientizar os alunos sobre a reforma”.