A queda da parede de uma das salas do Colégio de Aplicação da UFRJ (CAP/UFRJ) foi a mais significativa conseqüência de uma série de acontecimentos que se complicaram no último dia 23 de abril, quando um forte temporal caiu na cidade do Rio de Janeiro. Com uma envelhecida estrutura de calhas e vítima do lodo que entupia os principais escoamentos de seu telhado, os prédios do CAP sofreram sérios abalos que resultaram, além de queda da parede no bloco A, em gotejamentos e infiltrações em sua estrutura interna.
Segundo o Vice-Prefeito Ivan Carmo, que coordenou as medidas emergenciais adotadas pela Prefeitura Universitária na resolução desses problemas, as atuais calhas não são apropriadas para um bom escoamento das águas pluviais.
“A estrutura atual das calhas permite a formação de um lodo que prende as sujeiras naturais, como folhas, no ponto de descida das águas. Sem ter para onde ir, elas acabam se infiltrando no telhado e as gotas são inevitáveis”.
Para resolver essa questão, a Prefeitura já planeja uma reforma que pretende substituir todas essas calhas, evitando assim que a umidade causada pelas chuvas possa danificar os prédios.
“Antes disso, colocamos lonas que conseguiram solucionar o problema de forma provisória. Quando o tempo melhorar, iremos começar essa mudança”, afirma Ivan.
Após o feriadão do último dia 23, a direção do CAP cancelou as aulas por tempo indeterminado. Além da queda da parede, outros pontos do Colégio foram danificados e o encharcamento causado pelas goteiras tornou perigosa a presença dos alunos na unidade. Ao mesmo tempo, uma equipe de técnicos da Prefeitura iniciou uma série de visitas que culminaram nas medidas emergenciais que permitiram solucionar os problemas surgidos e a elaboração de um relatório com os principais pontos a serem analisados pelos engenheiros.
“Nossa equipe trabalhou rápido. Temos a noção exata do que precisa ser feito daqui pra frente. Entretanto, é preciso que se tenha uma vigilância permanente, para que qualquer tipo de probleminha seja logo solucionado. Todos os dias um funcionário vai subir nas telhas e verificar seu estado. Isso é fundamental”, atesta Ivan, que coordenou a equipe e isentou a Prefeitura Universitária de qualquer responsabilidade pelas obras realizadas pela empresa Caiado nos telhados do CAP em julho do ano passado.
“A obra foi requisição da FUJB ao CT-INFRA”, afirma.
No orçamento 2005 da Reitoria, o CAP aparece na quarta posição, o que é bastante significativo levando-se em conta que isso nunca foi feito antes, e que não possui cursos de pós-graduação. Segundo Ivan, a relação entre a Prefeitura da UFRJ e a Associação dos Pais de alunos do CAP, é muito boa, inclusive com alguns pais que são engenheiros dando suporte aos trabalhos de recuperação da unidade.
Reitor visita o CAP
Nesta terça-feira, 3 de maio, o Reitor Aloísio Texeira visitou o CAP/UFRJ com uma equipe da reitoria. Foi ver de perto as obras emergenciais já concluídas e afirmou que está sendo providenciada uma reforma mais duradoura para as instalações do Colégio. As aulas para os alunos do terceiro ano do ensino médio já foram restabelecidas.