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UFRJ COMEMORA DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
Na semana do Dia Internacional da Mulher, nada melhor do que o poema Mulheres, de Pablo Neruda, para homenagear as mulheres do mundo. Neste dia oito foi inaugurado o Centro de Referência de Mulheres da Maré, que está sob a coordenação do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFRJ.

agencia1797T.jpgElas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam “não” como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.
Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poderem tê-los.
Elas vão ao médico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.
Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversário ou um novo casamento.
Na semana do Dia da Mulher, nada melhor do que o poema Mulheres, de Pablo Neruda, para homenagear as mulheres do mundo; já que o poeta chileno, em apenas quatro estrofes, conseguiu descrever, peculiaridades da alma feminina, e sentimentalidades e desejos existente nela.
Todo ano, no dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Mas, o que muita gente não sabe, é que essa data não foi escolhida ao acaso.
Neste fatídico dia de 1857, operárias de uma fábrica nova-iorquina entraram em greve para reivindicar a redução da carga horária de trabalho. A luta por igualdade de gêneros — já que elas trabalhavam o mesmo tempo que os homens e recebiam menos de um terço do salário deles — fez com que essas mulheres fossem trancadas na fábrica e logo em seguida fosse provocado um incêndio, que matou 130 delas. Cinqüenta e três anos depois, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem a essas mulheres, comemorar no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher.
Essa comemoração, ao longo das décadas, teve como pretensão chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher, levando-a a tomar consciência da importância de sua pessoa na sociedade, contestando e revertendo preconceitos e limitações que lhe são impostas.

UFRJ/CFCH comemora o Dia Internacional da Mulher

Em homenagem ao Dia da Internacional da Mulher, na última terça-feira, a Universidade Federal do Rio de Janeiro realizou um evento no Centro de Referência de Mulheres da Maré. O núcleo, que desde janeiro está sendo coordenado pelo Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade (CFCH/UFRJ), tem como objetivo informar, atender, orientar e acompanhar a mulher vítima de violência doméstica, investindo no enfrentamento das desigualdades de gênero e no fortalecimento da sua cidadania.
A comemoração teve início às 9 horas com um breve discurso do reitor da universidade. Aloísio Teixeira falou da importância para universidade de comemorar esta data, naquele local e, logo em seguida, parabenizou todas as mulheres presentes.
Afirmou ainda que cada vez mais as mulheres estão se qualificando e conquistando posições de destaque no mercado de trabalho. “Hoje saiu no jornal uma matéria dizendo que as mulheres são maioria na universidade, tanto nos cursos de graduação, como nos de pós-graduação. Isso revela a realidade do nosso país que a gente não pode desconhecer: as mulheres estão se qualificando, se preparando para o mercado, para exercer novas atividades e responsabilidades na sociedade brasileira, disse.”
Para finalizar, o reitor desabafou, dizendo que embora haja grandes conquistas, as mulheres ainda sofrem com a violência. “Apesar de toda essa representatividade, a mulher ainda é vitima de violência, de discriminação no mercado de trabalho (salários inferiores aos dos homens), de coisas que elas não podem aceitar, ou melhor, que nós da sociedade não podemos aceitar”.
A Decana do CFCH, Sueli Souza de Almeida, declarou: “Estou muito feliz com o evento. O Dia Internacional da Mulher é um marco, ou melhor, um símbolo. Nós batalhamos dia-a-dia por posições melhores, pois as condições de trabalho e investimento na carreira ainda são desfavoráveis às mulheres”.
Sueli falou também que assumir a coordenação do Centro de Referência de Mulheres da Maré foi importante pelo fato de ser um centro de bairro popular, por ser o segundo no Rio de Janeiro e, principalmente, porque a entrada da UFRJ significa a possibilidade de construir e investir numa política pública da qual o país ainda carece.
Segundo a decana, esse centro trabalhará em parceria com o Centro de Referência de Mulheres que vai ser construído no Fundão. O projeto tem por objetivo orientar as mulheres em relação ao combate à violência e principalmente capacitar pessoas para elaborar e trabalhar em políticas para a mulher.
O evento encerrou por volta das 12h, com um debate que contou com a presença do diretor e da atriz do filme Bendito Fruto, lançado na ocasião, Sergio Goldenberg e Zezeh Barbosa. Zezeh demonstrou ser feminista de carteirinha e alegou ter muito orgulho de ser mulher. “Ser mulher é maravilhoso. Acho muito bacana ter uma data que lembre o valor do público feminino”.