A Prefeitura da UFRJ, através do CT-Infra, realizará reformas de infra-estrutura em diversos pontos da Universidade para consertar e evitar novos problemas, como o ocorrido no dia 15 de novembro, às 5:00h, onde o plantão de elétrica noturno da Prefeitura da UFRJ foi chamado pelos vigilantes do Centro de Tecnologia, pois todo o prédio estava sem energia. Foi constatada uma grande quantidade de água aproximadamente 1,20m de altura (o que corresponde a 100 mil litros) que inundou a subestação A1, provocando um curto circuito que interrompeu o fornecimento de energia no CT.
A subestação do bloco A do CT fica debaixo de uma cisterna, que tem um mecanismo que permite não fechar a água automaticamente. Existe uma bóia que faz o controle da quantidade de água, e o fechamento da entrada de água tem que se feito por um funcionário da manutenção. Porém isso não aconteceu, e a água ficou transbordando durante 12 horas, alagando a estação elétrica.
O primeiro procedimento da equipe da Prefeitura foi o de colocar uma bomba para retirar a água, mas ela foi insuficiente, tornando-se necessário contatar o Corpo de Bombeiros, que emprestou uma outra bomba. Apesar da retirada da água e secagem dos aparelhos, alguns não resistiram, como o disjuntor de alta tensão e a chave seccionadora, avaliados em dez mil reais.
Um caso recente e semelhante ocorreu no bloco F, do prédio da Faculdade de Letras. A subestação foi construída em local indevido, bem em cima de um lençol freático, e há seis anos, foram instaladas bombas de esgotamento de água, que por falta de manutenção ficaram sujas e de funcionar. O nível de água foi menor, cerca de 30 cm, atingindo apenas os painéis de baixa tensão. Ainda assim, os estragos poderiam ter sido menores, pois os vigilantes não acionaram o alarme para chamar a Prefeitura, o que ocasionou a falta de luz por dois dias, exatamente no período que a Faculdade abrigava um congresso.
Sérgio Sirqueira, diretor da divisão de redes da Prefeitura, diz que esses tipos de problemas poderiam ter sido controlados de imediato se as unidades tivessem plantões de eletricista e encanador, mas o argumento de ambas é o mesmo: falta de verba. “Foi aberto um inquérito para descobrirem as causas dos acidentes, cabendo as unidades apurá-las. A Prefeitura tem plantão de 24 h, foi um erro demorarem a acioná-la. As verbas para essas reformas no sistema elétrico são repassadas da Superintendência Geral de Administração e Financias, sob supervisão do professor Milton Flores para a Prefeitura. Todos esses gastos utilizam recursos do CT- Infra”, explica Sérgio.
O CT-Infra é um fundo da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), dedicados as universidades para reformas de infra-estrutura. Estão contemplados melhorias de rede elétrica, reformas em telhados, recuperação da rede hidráulica, entre outros.
A verba já foi liberada pela FINEP e será licitada pela Fundação José Bonifácio. Os projetos estão quase prontos, porém sofrerão um atraso por conta de uma nova reformulação, já que antes os projetos eram contratados pelo preço total, e agora por exigências do Governo Federal, o processo é unitário, ou seja, todos os gastos devem ser listados item por item. A data prevista para envio dos projetos, agora é para o final de 2005.