Inaugurado em 15 de março de 1978, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), por sua relevância acadêmica, vem acompanhando o desenvolvimento da medicina, através da oferta de tratamentos em áreas inovadoras. A exemplo disso, a Unidade de Hematologia Clínica e Transplante de Medula Óssea (UTMO), comemorou, hoje, 26 de novembro, o aniversário de 10 anos do Programa de Transplante de Medula Óssea do HUCFF, cujo primeiro transplante autólogo (o doador é o próprio paciente) de medula óssea foi realizado em junho de 2004.
A cerimônia de comemoração aconteceu no Auditório Halley Pacheco e reuniu integrantes do Programa, pacientes, funcionários do HUCFF e demais convidados. Num clima de nostalgia – relembrando as lições e os valores do professor Halley Pacheco, idealizador do Programa –, a equipe dividiu com os convidados o histórico de desafios, conquistas e expectativas. “Nossos doentes são o motor do nosso trabalho. São, também, aglutinadores por representarem o objetivo maior”, falou o chefe do Serviço de Hematologia do HUFCC, professor Wolmar Pulchiri.
Inicialmente, o programa dispunha de apenas um leito, que possibilitava o atendimento de um paciente ao mês. Em 1997, o programa se expandiu através da parceria entre o HUCFF, na figura do professor doutor Halley Pacheco, e a Petrobrás que investiu na expansão do laboratório. A aprovação do Programa pelo Sistema Único de Saúde (SUS), possibilitou o aumento do número de leitos. Em 2000, a Unidade já oferecia transplantes halogênicos (medula óssea doada por outra pessoa).
Em 2001, na gestão do professor Amâncio Paulino de Carvalho, a UTMO foi transferida para outro setor, inaugurando o Posto 8F. A Unidade é referência internacional e tem como grupos cooperativos, a Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO), Grupo de Estudos Multicêntricos em Onco-Hematologia (GEMOH) e o Grupo Ítalo-Brasileiro.
Atualmente, o Posto dispõe de oito quartos individuais de transplante com proteção ambiental, quatro quartos de dois leitos e dois quartos de afereses (filtração de células-mãe que passam pelas veias), day clinic com consultórios e seis poltronas para atendimento, além de laboratório de criopreservação e cultura de células. Também iniciou, este ano, transplantes em crianças, antes realizados apenas pelo INCA.
Nesta primeira década do Programa, já foram realizados mais de 300 transplantes, sendo 60 apenas este ano – o que representa um crescimento de 20% em relação ao ano de 2003.
“À revelia das dificuldades do país, a medicina vem se desenvolvendo e o objetivo é continuar trabalhando na busca de soluções. O estudo de otimização administrativa de recursos e espaços do Hospital Universitário tem sido nosso maior desafio”, finaliza o professor Silvio Martins, vice-diretor do HU.
Veja mais fotos do evento aqui.