Com objetivo de discutir uma estratégia de fortalecimento da
participação da comunidade científico-tecnológica brasileira no Cyted – Programa Ibero-Americano de C&T para o Desenvolvimento, o presidente do CNPq, Erney Camargo, e os diretores José Roberto Drugowich e Manoel Barral Netto, realizaram nesta semana reunião com o secretário geral adjunto do Programa, Leonardo Uller, e os coordenadores internacionais brasileiros Carlota de Souza Paula (Gestão da Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico), Roberto Villas
Boas (Tecnologia Mineral), Mitteramyer Galvão (Biotecnologia) e Peter Mann de Toledo (Diversidade Biológica).
O Programa Cyted foi criado em 1984, tendo sido implementado por meio do chamado Acordo Marco, em que 21 países ibero-americanos decidiram pela criação de um programa multilateral para fomentar a cooperação científico-tecnológica, voltada à inovação.
Organismos internacionais como BID, Cepal, OEA e Unesco participam na qualidade de organismos observadores e, desde 1992, o CYTED integrou-se ao programa de cooperação das Reuniões de Cúpula Ibero-Americanas de Chefes de Estado e de Governo.
Os organismos nacionais de ciência e tecnologia dos 21 países ibero-americanos participam do Programa na condição de signatários e fazem parte das instâncias de decisão do Cyted, que são a Assembléia Geral e o Conselho Técnico Diretivo.
A maior contribuição financeira ao Programa vem da Espanha e depois do Brasil, por intermédio do CNPq.
As linhas principais de atuação do Cyted se desenvolvem segundo Subprogramas, composto de Redes Temáticas e Projetos de Pesquisa e por meio de Projetos de Inovação Iberoeka, gerenciados por Organismos Gestores Iberoeka. No Brasil, esse organismo é a Finep.
Os recursos financeiros concedidos pelo Cyted são específicos para apoiar a mobilidade dos pesquisadores entre os países participantes do Programa.
Cada subprograma possui um coordenador internacional eleito pela Assembléia Geral do Programa, à proposição dos Organismos Signatários. O Brasil tem quatro coordenadores internacionais no Cyted, os quais estiveram presentes no CNPq.
No momento o Cyted está passando por mudanças, tanto de filosofia quanto na forma de gestão.
Exemplo disso é a divulgação de editais para submissão de propostas e, como destacou o presidente do CNPq na reunião: “É nesse momento em que as mudanças estão sendo implementadas que o Brasil deve participar de forma mais ativa, seja na formulação de propostas, ou na maior participação de pesquisadores brasileiros na cooperação que é desenvolvida na região ibero-americana com o apoio do Cyted”.
Dessa forma, o CNPq pretende implantar ações que busquem maior visibilidade na divulgação das atividades do Cyted, estendendo os benefícios da cooperação ibero-americana a um contingente maior de pesquisadores brasileiros.