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Conselho delibera sobre Reforma Universitária

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agencia1382T.jpgA reunião do Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, realizada a partir das 11 horas, em 12 de agosto, teve como pauta para sessão ordinária, a discussão acerca da adoção de cotas sociais para o ingresso na Universidade e do projeto do Governo Federal, Universidade para todos.

O professor Maurício Luz, do Colégio de Aplicação, apresentou um estudo, feito com a colaboração de Aníbal Teles, do Núcleo de Computação Eletrônica (NCE), Bernardo de Carvalho, do Instituto de Biologia (IB), e José Roberto Meyer Fernandes, Pró-Reitor de Graduação, que visava a aferir qual seria o impacto acadêmico caso o regime de cotas sociais fosse adotado pela UFRJ. Verificou-se que não há analogia imediata entre as notas obtidas no vestibular, a renda do candidato, e o seu posterior desempenho acadêmico, não repercutindo em queda da qualidade de ensino da instituição.

O resultado agradou aos militantes do movimento Educafro, mas ainda há muito que se discutir. Conselheiros enfatizaram que a Reforma Universitária não pode se limitar à discussão do acesso ao ensino superior e que a autonomia administrativa das universidades públicas precisa ser resguardada.

Alguns conselheiros, no entanto, duvidaram do caráter democratizante de ações afirmativas, pois o espírito da democracia residiria, segundo eles, no direito universal compartilhado por todos. A pluralidade de idéias, que foram suscitadas, enriqueceu o debate, e a discussão, polêmica por natureza, passou longe do consenso.

Em relação ao projeto Universidade para todos, O Conselho o julgou ineficiente e demagógico, consistindo na preferência pelo acesso ao ensino universitário, em vez de reforçar a qualidade do mesmo.

O Reitor Aloísio Teixeira interrompeu a discussão, brevemente, para instalar a sessão especial que aprovou a criação do Colégio Brasileiro de Altos Estudos, cuja deliberação fora feita na última reunião do Conselho Universitário.

O CONSUNI foi encerrado com a apresentação de diversas moções: em louvor aos servidores da Faculdade Nacional de Direito (FND); a Antônio Carlos Secchin, professor da UFRJ, e mais novo membro da Academia Brasileira de Letras (ABL); aos 188.º aniversário da Escola de Belas Artes; aos 166 anos da Escola de Música, à Elsa Monnerat; e ao trabalho do professor Maurício Luz.