No último dia 3, no salão Azul da Escola de Belas Artes, a vice-reitora, Sylvia Vargas e o prefeito do campus, Hélio de Mattos, se reuniram com vigilantes para discutir a questão da segurança na Ilha do Fundão. O objetivo desta reunião foi mostrar a necessidade de resgatar e reforçar a Divisão de Segurança da UFRJ, que se deteriorou devido a forte inserção do serviço terceirizado no setor.
O prefeito da Universidade afirmou que “as empresas de segurança que prestam serviços à UFRJ, não preparam seus profissionais para atuarem dentro de uma cidade universitária. E isso, por sua vez, acarreta sérios problemas as pessoas que se utilizam desse serviço”.
Visando acabar com essa segmentação, a vice-reitora anunciou algumas providências que estão sendo tomadas. ‘Estamos comprando carros, câmeras (para fazer serviço de monitoramento), uniformes e rádio. Além disso, vamos construir guaritas em cada prédio e regularizar o porte de arma”.
Várias reivindicações foram feitas, mas as mais relevantes se referiam à segurança no Hospital Universitário (HU), ausência de apoio jurídico e dispersão de vigilantes pelos setores.
A crítica à segurança do HU veio de Rosali da Silva, funcionária da administração do hospital. Ela afirmou ser impossível fazer um trabalho de qualidade, que atenda todo o local, por causa da complicada política de segurança do setor.
O vigilante Marcelo condenou o fato de não ter apoio jurídico. “Em situações mais graves, nós não sabemos como agir. Quando capturamos um bandido e o levamos à delegacia, somos destratados pelos policiais. Por isso, eu acho que devemos ter um respaldo jurídico”.
Ao término do encontro, os representantes agradeceram a participação de todos – mesmo em greve, estiveram presentes 102 funcionários – e prometeram apresentar ao reitor as reivindicações feitas.