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Colégio Brasileiro de Altos Estudos será criado

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Na última reunião do Conselho Universitário, dia 22 de julho, voltou-se a debater a criação do Colégio Brasileiro de Altos Estudos, a ser instalado na Casa do Estudante Universitário (CEU), que fica na Av. Rui Barbosa, Flamengo. O Colégio teria como função estimular, propagar e difundir pesquisas multidisciplinares da UFRJ, integrando seus centros, além de definir políticas públicas em áreas como educação e meio ambiente.

Alguns Conselheiros manifestaram preocupação com o possível aumento da burocracia. No entanto, em resposta, o reitor Aloísio Teixeira esclareceu que esta não seria uma nova instituição a ser criada, e sim, a reformulação de uma proposta – a Coordenadoria de Estudos Brasileiros, desenvolvida à ocasião da ditadura militar – já existente no regulamento da Universidade. O Colégio, entretanto, não pode ser imediatamente instituído, pois não houve quórum suficiente para a abertura de uma sessão especial do Conselho.

Estudantes e representantes da ONG Educafro compareceram à reunião, portando cartazes em protesto à decisão do Conselho de Ensino de Graduação em estender a discussão sobre a adoção de cotas, o que, provavelmente, impede sua implementação para o vestibular de 2005. O reitor, entretanto, afirmou que o CONSUNI não deve interferir na decisão daquele Colegiado e agendou, para a próxima reunião, um debate dedicado a proposta do governo sobre ações afirmativas. Para Frei David, diretor da EDUCAFRO, “todos os indicadores sociais dos institutos oficiais de pesquisa apontam para o alto grau de exclusão da população negra, demonstrando que a omissão tem sido a marca das universidades”.

Outra questão levantada foi o afastamento provisório do diretor da Faculdade Nacional de Direito (FND), professor Armênio da Cruz Filho. Após ouvir reivindicações de representantes do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO), que não desejam o seu retorno à FND, o reitor declarou que aguardará o parecer da Comissão de Processo Disciplinar, que investiga possíveis arbitrariedades do diretor, para, posteriormente, tomar as devidas providências.

O reitor anunciou ainda sua decisão de retirar-se da vaga de suplente do Diretório Nacional da ANDIFES – Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior. Sua opção não resultou de desapreço à direção recém-eleita da Instituição, mas ao fato de que na Reunião Plena, realizada em Belo Horizonte, o diretório recusou-se a incorporar na agenda da associação as reivindicações da UFRJ, em questão dramática como a do orçamento. Aloísio não renuncia, porém, a participação conjunta na luta em defesa da Universidade Pública.